1905: O tênis de mesa chega a São Paulo/SP por meio de turistas ingleses. O nome era o mesmo utilizado em Londres naquela época: o Ping Pong, já que era época da “epidemia” deste nome na capital inglesa.
1912: A modalidade começa a ser praticada de forma mais organizada, com a disputa do primeiro campeonato por equipes, vencido pelo Vitória Ideal Clube.
1924: Primeiros registros do tênis de mesa no Rio de Janeiro/RJ, onde a prática já ocorria no Club de Regatas Vasco da Gama.
1926: Surge a Liga Paulistana, cujo campeonato oficial de estreia foi conquistado pelo Castelões Futebol Clube.
1929: O alemão Máximo Cristal traz ao Brasil a primeira raquete com pino. No mesmo ano, o atual campeão, Afins Sociedade Recreativa, retira-se da Liga para fundar a Associação Paulista de Ping Pong.
1932: Em junho, a Liga Carioca de Ping Pong e o Esporte Clube Antártica resolveram disputar em São Paulo/SP uma série de jogos. Durante a viagem, estoura a revolução constitucionalista. A delegação carioca é recebida em São Paulo pela guarda de honra militar. Durante três meses, os atletas são obrigados a viver na capital paulista, amparados por colegas da modalidade com alojamento ou mantimentos. Realizam, inclusive, exibições pagas para levantar recursos.
1937: O paulista Rafael Bologria lê na revista "Life" uma reportagem do norte-americano Lou Pagliaro e constata a diferença entre o tênis de mesa nacional e o praticado no exterior. Pensa, então, num intercâmbio técnico. Após grande esforço, consegue a colaboração de uma colônia húngara para, com o patrocínio de Leon Orban, promover a vinda, no ano seguinte, dos campeões mundiais M. Szabados e I. Kelen.
1938: Apesar das diferenças das regras e das dimensões da mesa, Szabados é derrotado diante de cerca de duas mil pessoas, na primeira vitória internacional do Brasil.
1940: Intensifica-se o movimento de desenvolvimento do tênis de mesa no Brasil, com adoção das regras internacionais. Em novembro, é inaugurada a primeira mesa do país, no Clube Atlético Fazenda Estadual. No ano seguinte, a antiga Associação de Ping Pong transforma-se em Federação Paulista de Tênis de Mesa. Meses depois, é fundada no Rio a Federação Metropolitana de Tênis de Mesa, apoiada pelos grandes clubes da cidade.
1942: Cariocas e paulistas aprovam a tradução das regras e assinam convênios que levam à oficialização do tênis de mesa pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD).
1946: É disputada a primeira edição do Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa. O Rio de Janeiro conquista os títulos por equipes masculinas e femininas, individual masculino e duplas masculinas.
1947: Brasil participa do terceiro Campeonato Sul-Americano, intensificando o intercâmbio internacional da modalidade. Mário Jofre idealiza a participação do país em Mundiais, executada por Dagoberto Midosi.
1961: Dois anos após se tornar o mais jovem atleta masculino a fazer parte de uma seleção brasileira, aos 14 anos, Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, vence o então campeão Rong Guotuan no Mundial de Pequim, na China.
1979: É fundada a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, independente da CBD.
1983: Brasil conquista suas primeiras medalhas no torneio de tênis de mesa dos Jogos Pan- Americanos, em Caracas, na Venezuela.
1984: O Brasil organiza seu primeiro Mundialito (atualmente conhecido como Aberto do Brasil) no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. A competição é promovida pela CBTM, passando a ser um dos torneios abertos da América Latina reconhecidos pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF).
1988: Claudio Kano e Carlos Kawai representam o Brasil na estreia do tênis de mesa nos Jogos Olímpicos, em Seul, na Coreia do Sul.
1990: A Seleção Brasileira disputa pela primeira vez os Jogos Sul-Americanos, conquistando cinco ouros (Equipe masculina – Cláudio Kano, Hugo Hoyama, Silnei Yuta e Washington Spolidori; Individual masculino – Cláudio Kano; Dupla masculina – Cláudio Kano e Hugo Hoyama; Dupla feminina – Carla Tibério e Mônica Doti; Dupla mista – Cláudio Kano e Mônica Doti), duas pratas (Equipe feminina – Edna Fuji, Carla Tibério, Mônica Doti e Marta Massuda; Individual masculino - Hugo Hoyama) e um bronze (Individual masculino – Silney Yuta).
1996: Hugo Hoyama dá ao Brasil o melhor resultado de sua história em Jogos Olímpicos, ao alcançar as oitavas de final em Atlanta, nos Estados Unidos, quando eliminou o então campeão mundial Jorgen Persson (Suécia). Cláudio Kano é vitimado por um cruel acidente de motocicleta, seu hobby predileto. Kano faleceu no dia de seu embarque para os Jogos de Atlanta, em 01 de julho de 1996.
2008: Welder Knaf e Luiz Algacir conquistam a medalha de prata no torneio por equipes da Classe 3 dos Jogos Paralímpicos de Pequim, na China.
2011: Hugo Hoyama obtém seu décimo ouro em edições do Pan, em Guadalajara. Outro Hugo, o Calderano é bronze no Mundial Cadete.
2012: Hugo Calderano ganha os Abertos na Polônia e no México e alcança a liderança do Ranking Mundial Sub-18.
2013: Cazuo Matsumoto torna-se o primeiro sul-americano a conquistar uma etapa do Circuito Mundial, promovido pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) na Europa, o Aberto da Espanha.
2014: Hugo Calderano conquista a medalha de bronze individual nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China. No mesmo ano, a seleção feminina é campeã mundial da segunda divisão. No Mundial Paralímpico, na China, o país conquista três medalhas de bronze: as primeiras da história, com Bruna Alexandre (classe 10), Aloísio Lima e Bruno Braga (equipes - classe 1) e Bruna Alexandre, Jennyfer Parinos e Jane Rodrigues (equipes - classe 9 e 10).
2015: Bruna Takahashi conquista o Desafio Mundial de Cadetes e traz para o Brasil o primeiro título mundial no tênis de mesa.
2016: Hugo Calderano iguala a marca de Hugo Hoyama de melhor campanha em Jogos Olímpicos ao alcançar as oitavas de final da Rio 2016. O atleta ainda faz história ao conquistar a prata no torneio individual do Aberto da Áustria, além do ouro nas duplas no Aberto da Suécia, ao lado de Gustavo Tsuboi. Ambas etapas major do circuito.
Nos Jogos Paralímpicos, o Brasil faz história e fatura quatro medalhas: prata no individual da Classe 7 (Israel Stroh); e bronze no individual da Classe 10 (Bruna Alexandre), por equipes na Classe 6-10 feminina (Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos) e por equipes na Classe 1-2 masculina (Aloisio Lima, Guilherme Costa e Iranildo Espíndola).
2017: Hugo Calderano alcança o Top-20 do ranking mundial individual e é campeão do Aberto do Brasil.
2018: Hugo Calderano torna-se o primeiro brasileiro a ser finalista de uma etapa Platinum do Circuito Mundial, no Aberto do Catar. No final do ano, conquista a medalha de bronze no ITTF Grand Finals, em torneio que reuniu os 16 melhores mesa-tenistas do mundo. De quebra, Calderano alcançou o Top-10 do ranking mundial individual e se tornou o melhor atleta das Américas desde a criação do ranking mundial. Em dezembro, bate o número 1 do mundo, o chinês Fan Zhendong, nas quartas de final do ITTF Grand Finals.
2019 - Brasil classifica sete atletas para a chave principal do Mundial de Budapeste. Hugo Calderano iguala Biriba e Claudio Kano como a melhor campanha de um brasileiro em Mundiais: foi eliminado nas oitavas de final, pelo chinês Ma Long.
2020 - CBTM lança Circuito TMB e novas categorias de membros. Pandemia afeta calendário mundial com diversos cancelamentos e volta apenas em novembro em formato de bolha. Brasil fecha segundo ano seguido com seis atletas no Top 100 do ranking mundial olímpico (Hugo Calderano, Gustavo Tsuboi, Vitor Ishiy, Thiago Monteiro e Eric Jouti, no ranking masculino, e Bruna Takahashi, no ranking feminino).