Hugo Calderano, família e amigos, no Desafio Brasil x França, em 2022. Foto: Luís Miguel Ferreira.
Por Nelson Ayres (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
Os fãs de Hugo Calderano contam as horas para vê-lo atuar novamente em uma competição internacional no Brasil. Sua última experiência foi em 2017, no Aberto do Brasil, quando sagrou-se campeão. De lá para cá, atuou apenas mais duas vezes no país: em 2019, no Campeonato Brasileiro, disputado em Concórdia (SC), e em 2022, no Desafio Brasil x França, na mesma Arena Carioca I em que acontecerá o WTT Contender Rio, a partir do dia 7.
A expectativa não é apenas dos fãs. Calderano também se mostra animado com a possibilidade de disputar uma etapa do circuito mundial em casa. Acostumado a ser sempre visitante, vê no apoio da torcida um estímulo a mais para sair daqui com o troféu e mais pontos importantes no ranking mundial.
“É sempre muito bom jogar no Brasil, sentir a energia e a torcida das pessoas, da minha família e dos meus amigos. Faz bastante tempo que eu não jogo no Brasil, então vai ser uma experiência muito boa. Estou bem animado para essa competição. A gente espera que o ginásio esteja bem cheio pra comemorar esse reencontro”, diz o craque.
Vencer em casa representaria o terceiro troféu de WTT na temporada. Ele já faturou uma etapa em Doha, no Catar, e em Durban, na África do Sul. Na cidade sul-africana, também conheceu seu maior revés na temporada e um dos maiores em sua carreira: caiu na estreia no Campeonato Mundial. Desempenho abaixo do esperado, muito por conta de uma lesão que o incomodou durante todo o período de preparação e fez com que perdesse muitos treinos, mas que faz definitivamente parte do passado.
“Fisicamente, estou me sentindo bem. Eu consegui me recuperar da lesão de antes do Mundial. Acho que nas últimas competições faltou um pouco de ritmo e de treino também. Na Eslovênia, consegui voltar melhor ao meu ritmo e agora é só treinar mesmo. Faltam alguns dias para o WTT de Lima e depois do Rio, então tenho tempo para me preparar bem tecnicamente e fisicamente”, avisa.
Número 4 do mundo
Ele entra no WTT de Lima, marcado para começar no início da próxima semana, novamente como número 4 do mundo. No ranking desta semana, aparece atrás apenas dos três chineses que dominam o circuito na atualidade: Ma Long (distância de 760 pontos), Wang Chuqin (3.400 pontos de diferença) e Fan Zhendong (3.970 pontos na frente). Em cenário ideal, pode voltar para a Europa com os dois troféus na bagagem e mais uma posição no ranking mundial, igualando seu melhor desempenho, em janeiro de 2022.
Faltando um ano para os Jogos de Paris 2024, Calderano também mira um outro ranking: o olímpico. Ser o melhor atleta após os chineses representa uma segurança de não enfrentá-los antes das semifinais. O retrospecto histórico mostra que esse é um ponto fundamental: somente duas vezes – nas duas primeiras edições com a presença da modalidade, em Seul 1988 e Barcelona 1992 – os dois atletas do país asiático não estiverem entre os três medalhistas.
Desejos dos estrangeiros
A grande maioria dos participantes do WTT Contender Rio nunca atuou no país. E, consequentemente, Calderano é muitas vezes perguntado pelos mais próximos. Dois deles já revelaram um desejo especial para esta passagem pelo Rio: os franceses Can Akkuzu, 40 do mundo, e Simon Gauzy, 33° do ranking.
“O Can e o Simon, que treinam comigo e estiveram no Brasil em 2022, já me falaram que querem comer pão de queijo e açaí”, lembra Calderano, se divertindo com a situação.
Por fim, o brasileiro deixa sua mensagem aos torcedores, com vontade de retribuir todo o carinho que recebe quando está distante: “Eu, e tenho certeza que todos os outros brasileiros, estamos muito animados aguardando esse encontro com a torcida. Vai ser uma oportunidade para todo mundo que gosta de tênis de mesa e esporte de uma maneira geral acompanhar bons jogos. Pra mim vai ser muito especial poder sentir de perto todo apoio que eu sempre recebo da torcida brasileira pelas redes sociais. Nos vemos em agosto”.
FATO&AÇÃO COMUNICAÇÃO
Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)
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