Da esquerda para a direita: Marco La Porta, Marta Sobral e Alaor Azevedo. Foto: Luis Miguel Ferreira
Por Nelson Ayres e Paulo Rocha (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Ministério dos Esportes estiveram muito bem representados no WTT Contender Rio. O vice-presidente do Comitê, Marco La Porta, e a Secretária Nacional de Esportes de Alto Desempenho, Marta Sobral, compareceram à Arena Carioca I no sábado (12) para levar sua torcida aos atletas brasileiros, sentir a atmosfera do evento e apreciar a performance dos melhores jogadores do mundo na modalidade.
Na impossibilidade da presença da ministra Ana Moser, o Ministério dos Esportes do Governo Federal foi representado no WTT Contender Rio pela Secretária Nacional de Esportes de Alto Desempenho, Marta Sobral. Ex-atleta da Seleção Brasileira de basquete, cujos pontos altos da carreira foram a conquista dos Jogos Pan-Americanos de Cuba, em 1991 (quando recebeu a medalha de ouro das mãos de Fidel Castro), do Mundial de 1994 e o vice-campeonato olímpico em Atlanta 1996, Marta pôde conhecer mais sobre o tênis de mesa durante sua visita.
"Creio que eu e a ministra Ana Moser, como ex-atletas, ainda fazemos muito pouco pelo esporte, pretendemos fazer muito mais. Nós que viemos do esporte gostamos muito de prestigiar os eventos, seja qual for a modalidade. E esse evento é ainda mais especial por ser na nossa casa, diante da nossa torcida. É muito bom poder estar aqui", declarou Marta.
Marta Sobral lembrou que o Projeto Bolsa Atleta beneficia três atletas do tênis de mesa que participam da competição na Arena Carioca I (Hugo Calderano, Bruna Takahashi e Vitor Ishiy). Para ela, ver uma arena lotada, com a torcida apoiando e vibrando com uma atleta do feminino (Bruna Takahashi chegou às semifinais do torneio) ajuda a derrubar antigos tabus do esporte.
"Essa ideia de que o feminino não dá retorno, não atrai a atenção do público, tem que acabar de uma vez por todas. Sabemos da garra e da determinação de todos os atletas, independente do sexo, mas agora as mulheres estão tendo mais oportunidade de serem vistas, lembradas, ter sua própria voz. Sabemos que nossa luta é sempre maior que a dos homens. Torcer por uma mulher num ginásio lotado, tinha que ser normal. O importante é torcer pelo seu país. Fico feliz pelo que vi aqui nesta competição, do apoio que foi dado", afirmou, lembrando que, nos Jogos de Paris 2024, a maioria dos representantes do Brasil será do sexo feminino.
Marta elogiou a estrutura do WTT Contender Rio e confessou que, como ex-atleta do basquete, está ainda aprofundando seu conhecimento a respeito das outras modalidades olímpicas: "Quando eu estava no basquete, só convivia com as pessoas ligadas àquela modalidade. Agora, neste cargo em que estou, tenho oportunidade de estar com os atletas de outros esportes, conhecer os ídolos deles. E essa competição, muito organizada, com uma estrutura excelente, foi uma bela oportunidade para isso".
Torcedor da modalidade
Fã de tênis de mesa, La Porta (que compareceu ao WTT Contender Rio representando Paulo Wanderley Teixeira, presidente do COB) é mais que um dirigente: um companheiro dos atletas nas boas e nas más horas, que vibra e sofre junto com eles, acompanhando-os de perto nas competições. Foi chefe de missão do COB em Jogos Olímpicos e, inclusive, esteve ao lado de Hugo Calderano quando este foi eliminado em Tóquio 2020 pelo alemão Dimitrij Ovtcharov – vencia por 2 a 0 mas permitiu a virada e caiu nas quartas de final, obtendo o melhor resultado da história do tênis de mesa olímpico brasileiro.
"É o que nos dá prazer, o que nos move. Estar junto aos atletas e poder vê-los competir, fazerem o trabalho deles. É a oportunidade de sair do escritório, da parte de gestão, para acompanhar de perto o desempenho e prestigiar os eventos. Costumo dizer: aí é que somos felizes", afirmou La Porta.
O vice-presidente do COB disse estar acompanhando com muito interesse e satisfação o crescimento do tênis de mesa brasileiro. "É mais um esporte brasileiro que vem se destacando, colocando o Brasil no topo. Um grande trabalho da Confederação, do Alaor, com muita competência, investindo em seus parâmetros de governança, na gestão técnica. E os resultados aparecem", afirmou, completando:
"Realizar um evento mundial como o WTT Contender aqui em nosso país é grandioso. E realizar com a competência que está sendo mostrada, tudo muito organizado, de altíssimo nível. Atrai muito interesse do público e é obrigação do Comitê Olímpico prestigiar".
Após os Jogos Olímpicos de 2016, a realização de eventos olímpicos no país foi alavancada em boa parte pelo legado deixado ao Rio de Janeiro - a Arena Carioca I é um exemplo. O surgimento de ídolos, em especial no tênis de mesa, como Hugo Calderano e Bruna Takahashi, também fez crescer o interesse da torcida.
"O Comitê Olímpico Brasileiro é voltado para o alto rendimento. Queremos levar às competições as melhores equipes possíveis. Essa geração do Hugo Calderano, da Bruna Takahashi, do Vitor Ishiy, da Giulia Takahashi é muito boa. Lembro que acompanhei Hugo Hoyama, Cláudio Kano... Ver uma nova geração surgindo e ocupando lugar de destaque no ranking mundial é uma grande satisfação", revelou La Porta.
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