Sophia Kelmer, a "experiente" estreante em Parapan. Foto: André Soares.
Por Nelson Ayres (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
A Seleção Brasileira embarca para Santiago no próximo domingo (12) para a disputa dos Jogos Parapan-Americanos com muitas novidades. Poucas vezes se viu uma equipe tão renovada de uma edição para outra no Parapan. Quase um terço da delegação é composto de debutantes: Allana Maschio (classe 9 feminina), Cadu Moraes (classe 5 masculina), Fábio Silva (classe 3 masculina), Gabriel Antunes (classe 10 masculina), Jean Mashki (classe 8 masculina), Lucas Arabian (classe 5 masculina), Sophia Kelmer (classe 8 feminina) e Thiago Gomes (classe 11 masculina).
Se considerarmos a delegação brasileira dos Jogos de Lima 2019, apenas 17 dos 30 integrantes daquele grupo estarão novamente em Santiago – serão 26 desta vez. Ou seja, pouco mais de 50%. Somente um atleta, o medalhista paralímpico Israel Stroh, retorna ao grupo após ausência em Lima. Na ocasião, a comissão técnica optou por poupá-lo, pois já estava em situação confortável para classificar-se para os Jogos de Tóquio. Paulo Salmin foi o campeão no Peru e também garantiu sua vaga.
O grupo de oito debutantes é composto de atletas bem jovens e uma curiosidade chama a atenção: a mais nova da turma, a carioca Sophia Kelmer, de 15 anos, é também uma das mais vitoriosas. Já conquistou medalha no último Mundial, disputado em Granada, no ano passado, a medalhista mais jovem de todos os tempos no tênis de mesa paralímpico do Brasil.
“Ainda não me considero tão experiente assim. Estou com 15 anos e já tive sim, a oportunidade de participar de vários campeonatos internacionais, onde me destaquei, mas sei que tenho muito a evoluir. Participar de um Parapan é uma realização muito grande, me deixa muito orgulhosa, sabendo que é uma das principais competições a nível mundial, e tenho a certeza de que darei o meu melhor”, avisa a atleta.
Outro mesa-tenista que já conquistou o mundo é Lucas Arabian, de 17 anos. Bronze no último Mundial, começou a se destacar no ano do Parapan de Lima e entrou na Seleção permanente logo depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ele também acredita que tem muito a evoluir, apesar das conquistas.
“Apesar de um ter participado de competições importantes do Circuito Mundial, entrei há pouco tempo no tênis de mesa internacional, apenas dois anos. E tem gente que vai jogar o Parapan que tem 15, 20 anos de tênis de mesa. Pelo fato de um ter participado de Mundial e Parapan de Jovens, me acrescenta muito. Eu já senti o peso de uma competição importante”.
O Parapan de Jovens é um dos segredos da grande renovação brasileira. O tênis de mesa paralímpico do Brasil passou a ter uma equipe de jovens, que se preparou para essa competição e realizou vários períodos de treinamentos intensivos no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. Cadu Moraes, Lucas Arabian, Jean Mashki, Sophia Kelmer e Gabriel Antunes participaram do evento, disputado em Bogotá, na Colômbia, em junho deste ano.
“A oportunidade que tive em participar do Parapan de Jovens na Colômbia, onde fui a porta-bandeira do Brasil, me mostrou como é participar de um evento dessa dimensão. Com muitos esportes acontecendo ao mesmo tempo, uma energia contagiante, que me mostrou um ambiente muito bacana. Vou entrar mais preparada por ter ido no Parapan de Jovens e ter tido essa vivência que com certeza irá me dar uma base para o que virá no Parapan adulto”, reconhece Sophia Kelmer, uma das favoritas ao ouro em Santiago.
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