Iranildo Espíndola e algumas das dez medalhas de sua carreira nos Jogos Parapan-Americanos. Fotos: CPB e Acervo pessoal.
Por Nelson Ayres e Paulo Rocha (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
O tênis de mesa brasileiro atingiu patamar de grande destaque no cenário internacional. Tanto no olímpico quanto no paralímpico. E se tivemos brilho intenso de nossos atletas nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, reafirmando o poderio na modalidade nas Américas, podemos ter certeza que o sucesso será na mesma intensidade, ou até maior, nos Jogos Parapan-Americanos, cuja disputa será iniciada no próximo dia 17, também na capital chilena, valendo vaga para os Jogos Paralímpicos de Paris. E com um personagem que também pode marcar seu nome na História.
Se nestes Jogos Pan, Hugo Calderano, número 4 do mundo, conquistou um inédito tricampeonato e se tornou o maior vencedor individual masculino na competição, superando a marca de outro ícone brasileiro da modalidade, Hugo Hoyama, no Parapan temos outro candidato a atingir um patamar jamais alcançado: Iranildo Espíndola, dono de nove medalhas de ouro (e uma de bronze) na história da competição – é o maior medalhista parapan-americano no tênis de mesa. Coincidentemente, se conquistar mais dois ouros em Santiago, ele supera Hoyama e se torna o mesa-tenista brasileiro com mais títulos em competições multiesportivas envolvendo as três Américas (Pan-Americanos e Parapan-Americanos).
"Estou indo para o meu sexto Parapan, e todos os nove ouros que conquistei até agora possuem sua importância. Me lembro bem do primeiro que participei, em 2003, em Santo Domingo (República Dominicana), que valia classificação para os Jogos Paralímpicos de Atenas-GRE. Eu não era um dos favoritos, havia um mexicano e um argentino à minha frente no ranking – e eu já tinha perdido para ambos em outras competições. Mas consegui me superar, com muita garra, e fui campeão tanto no individual quanto de duplas. Foram meus dois primeiros ouros, muito emocionante", recorda o experiente Iranildo.
Iranildo lembra com carinho especial os Jogos Parapan do Rio 2007, nos quais o apoio da torcida brasileira ficou em sua memória como um fato marcante. Indagado sobre qual o Parapan mais difícil que disputou, citou o de Guadalaraja, no México, em 2011.
"Somente dois atletas se classificavam na minha classe (2) e eu não estava bem na época, tive duas lesões no braço. Inclusive, não me classifiquei na seletiva, mas em cima da hora a CBTM optou por me levar também. Foi importantíssimo, pois cheguei lá e não só ganhei dois ouros, no individual e em duplas, como também recebi o troféu de Melhor das Américas entre cadeirantes. Tenho muito carinho por este troféu, está num lugar especial na minha casa. Foi muito especial", citando também o Parapan de Toronto-CAN, em 2015, no qual também não chegou como favorito e, ao conquistar mais ouros, ganhou o título da maior ganhador de medalhas em Jogos Parapan-Americanos no tênis de mesa.
Quanto à possibilidade de chegar até o 11º ouro (já que, mais uma vez, disputará individual e duplas) em Parapans e superar a marca de Hugo Hoyama no olímpico, diz que é preciso acreditar em si, sempre.
"Se ganhei tantos títulos é por que sempre acreditei em mim, mesmo nas adversidades, nos momentos difíceis. Descobrir que temos algo a mais. Igualar ou mesmo superar Hugo Hoyama é um orgulho enorme para mim, mesmo antes de eu ganhar algo no tênis de mesa eu já o admirava, ele é o meu maior ídolo no nosso esporte. Nossa referência como campeão. Ter a possibilidade de atingir uma marca dele me deixa emocionado. Seria um feito extraordinário, não somente para mim, mas para o Brasil", concluiu nosso multicampeão.
FATO&AÇÃO COMUNICAÇÃO
Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)
Atendimento: Nelson Ayres – nelson@fatoeacao.com