Da esquerda para a direita: Vilmar Schindler (vice-presidente da CBTM), Bruna Alexandre e Alaor Azevedo (presidente da CBTM e vice da ITTF).
Por Nelson Ayres (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
Quando Bruna Alexandre deixou Criciúma para morar em São Paulo, com apenas 16 anos, jamais deve ter imaginado ir tão longe na carreira. Hoje ela é uma referência dentro do esporte paralímpico, sendo a primeira paralímpica brasileira a conseguir disputar os Jogos Pan-Americanos, entre os olímpicos. O reconhecimento aos seus méritos foi expressado nesta quinta-feira (14), ao ser escolhida a Atleta Feminina do Ano no Prêmio Paralímpicos.
Foi a primeira vez que uma mesa-tenista foi honrada com esta premiação. Bruna já havia faturado o troféu de melhor atleta do tênis de mesa paralímpico em 2023, sua sexta estatueta. Mas era pouco para alguém que escreveu uma história tão marcante nesta temporada.
“Jogo no olímpico desde os 7 anos. Fui sonhando aos poucos e vi que eu poderia cada vez mais. Quando eu tinha 16 anos de idade, o presidente Alaor Azevedo foi a Criciúma, onde mora a minha família e me chamou para vir para São Paulo, junto com o Comitê Paralímpico. Quando cheguei, o presidente Alaor colocou uma funcionária, a Silmara, para morar comigo, pois era menor de idade. Todos me deram suporte desde o início”, lembrou Bruna, ao lado do emocionado Alaor Azevedo, presidente da CBTM e vice-presidente da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF).
O sonho de Bruna Alexandre sempre pareceu muito real, por conta de suas conquistas em seletivas, desde as categorias de base. Recentemente, ele passou a ser muito mais palpável. A craque do Praia Clube-MG é a atual bicampeã do TMB Platinum – Campeonato Brasileiro no Absoluto A, a principal categoria do tênis de mesa brasileiro, incluindo olímpicos e paralímpicos. Na mesa, conquistou a vaga na Seleção Brasileira que disputou o Sul-Americano.
Os passos seguintes foram mera consequência. Fez parte da Seleção que conquistou a vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, ao ficar em segundo lugar no Campeonato Pan-Americano. Posteriormente, veio a convocação histórica para os Jogos Pan-Americanos. Falta-lhe a medalha de ouro paralímpica e a participação nos Jogos Olímpicos. Sonhos que podem ser concretizados em 2024, naquele que promete ser mais um ano mágico para a catarinense.
“Cheguei para jogar no São Caetano na equipe olímpica. Era só mais uma. Foi muito difícil no início. Fui conquistando meu espaço aos poucos. Hoje estou na Seleção olímpica e consegui jogar na mesa de igual para igual com todo mundo. E mostrar que uma deficiência não é nada, que tudo é possível. Espero que mais atletas se inspirem nisso. Pois somos todos iguais, olímpicos e paralímpicos, somos Brasil”, lembrou a Atleta do Ano.
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Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)
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