Sem um braço, Bruna Alexandre joga na Seleção olímpica. Foto: Mauricio Val / fvimagem.com / CBTM
Por Comunicação CBTM
Em 23 de abril é comemorado o ‘Dia Mundial do Tênis de Mesa’. Mais do que um esporte ou uma forma de entretenimento, a modalidade esportiva das bolinhas e raquetes tem o poder de transformar vidas.
Neste ano, a data conta com a temática de ‘Diversidade e Inclusão’ e conversamos com algumas pessoas para quem o tênis de mesa foi essencial na transformação de suas histórias, tornando-os mais fortes para superar as barreiras impostas por fatores como cor de pele e deficiências, transformando-se em verdadeiros exemplos, vencedores no esporte e na vida.
Vamos saber o que pensa Bruna Alexandre, a primeira paralímpica brasileira a integrar a Seleção olímpica, virando referência para todo um movimento:
1 - O que significa o tênis de mesa para você?
O tênis de mesa faz parte da minha vida desde quando eu tinha sete anos de idade. Vivo o tênis de mesa desde criança e é uma felicidade enorme representar o nosso país, conhecer pessoas novas e aprender coisas novas também. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro. O tênis de mesa é a minha vida, a minha vida inteira. Tenho 29 anos e estou muito feliz, realizada por tudo que eu conquistei, por tudo que a modalidade me proporcionou até hoje.
2 - Como é ser a primeira paralímpica a estar na Seleção olímpica principal?
Estou muito feliz por estar na equipe olímpica adulta, pela oportunidade não só de jogar, mas também de conseguir vencer bastante jogos importantes. É muito difícil estar na Seleção olímpica, porque é muito competitivo, mas estou conseguindo jogar de igual para igual e isso me deixa muito motivada.
Não só pensando no olímpico, mas também no paralímpico, que pode me ajudar também a pegar mais experiência. E mais feliz ainda por mostrar que tudo é possível, que uma deficiência não é nada e espero que isso algum dia seja algo normal, que mais pessoas se inspirem nisso e consigam também jogar no paralímpico e olímpico no alto nível.
Nesses 20 anos de carreira eu estou colhendo muitos frutos. Comecei no olímpico desde os meus 7 anos de idade e hoje tenho 29 anos. Hoje eu vejo que valeu muito a pena o esforço. Não sabia onde iria chegar e hoje eu cheguei onde eu nunca imaginei. Estou muito feliz pela oportunidade de conseguir fazer história no esporte paralímpico e olímpico, de estar jogando as duas.
3 - O quanto esse esporte e as pessoas que convivem contigo no tênis de mesa te ajudaram no processo de inclusão?
A gente sempre aprende, né? Eu jogo na equipe paralímpica, sempre viajo com as equipes de todas as modalidades. Assim eu convivo muito com as pessoas com deficiência e também com as pessoas da equipe olímpica. Sempre se aprende e se vê também tanta diferença, né? E eu sempre tento mostrar que tudo é possível, que a gente consegue fazer tudo. Então, convivendo com as pessoas de dentro ou fora do tênis de mesa, com deficiência ou não, a gente sempre vai aprender. E aprende.
É igual as pessoas que convivem muito comigo hoje na equipe olímpica. Acredito que eles também aprendem muito comigo e veem que tudo é possível, que consigo fazer tudo. E isso me dá muita motivação de continuar tentando crescer cada vez mais na equipe olímpica. Eu acho que isso pode melhorar cada vez mais a inclusão no nosso país. E se eu consigo fazer isso, então muitas pessoas vão poder conseguir fazer.
4 - Qual a mensagem que você deixa para os mesa-tenistas e fãs da modalidade neste Dia Mundial do Tênis de Mesa?
Todo esforço é recompensado. Pode ter uma dificuldade aqui ou lá, mas se a gente gosta do que faz, se a gente se diverte, então vale a pena todo esse esforço. E o tênis de mesa é a vida de muitas pessoas, né? A gente consegue se divertir muito. Também ter os momentos difíceis na nossa carreira, mas se todos os dias a gente acordar cedo e treinar, a gente pode colher muitos frutos.
Espero que muitos mesa-tenistas consigam realizar seus sonhos e se esforçar cada vez mais. Para isso temos muito apoio hoje no nosso país, no esporte paralímpico e olímpico também. Então, espero que a gente se divirta nesse ‘Dia Mundial do Tênis de Mesa’. Mas não só hoje, como em todos os dias.
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