Cadu Moraes é mais um exemplo de inclusão através do esporte. Foto: Miriam Jeske
Por Comunicação CBTM
Em 23 de abril é comemorado o ‘Dia Mundial do Tênis de Mesa’. Mais do que um esporte ou uma forma de entretenimento, a modalidade esportiva das bolinhas e raquetes tem o poder de transformar vidas.
Neste ano, a data conta com a temática de ‘Diversidade e Inclusão’ e conversamos com algumas pessoas para quem o tênis de mesa foi essencial na transformação de suas histórias, tornando-os mais fortes para superar as barreiras impostas por fatores como cor de pele e deficiências, transformando-se em verdadeiros exemplos, vencedores no esporte e na vida.
Vamos saber o que pensa Cadu Moraes, atleta da Seleção Brasileira paralímpica, negro, oriundo de uma comunidade carente, mostrando que a cor da pele ou a condição social jamais será um limitador no esporte:
1 - O que significa o tênis de mesa para você?
Para mim, significa muito, não só é uma profissão, mas foi o tênis de mesa que me tirou da depressão e me ajudou muito mentalmente. Eu era muito novo na época e não tinha vontade de fazer nada. Não queria sair de casa e vivia deprimido. Houve um dia em que eu estava esperando uma consulta e meu primeiro técnico chegou em mim e perguntou se eu queria fazer uma aula experimental. Aceitei por educação, já que eu detestava tênis de mesa (risos).
2 - Como é ser um atleta negro jogando na Seleção Brasileira, sabendo que ainda existem poucos negros na modalidade?
Então, eu acho importante a minha presença já que é um esporte com bastante pessoas brancas e asiáticas. Cada vez mais estão aparecendo pessoas negras e deficientes no esporte. Hoje tenho alguns amigos que treinam comigo e que têm a mesma vivência no esporte, além daqueles que vieram da favela, assim como eu.
3 - O quanto esse esporte e as pessoas que convivem contigo no tênis de mesa te ajudaram neste processo de inclusão?
Logo quando comecei no esporte, já fui ficando melhor. Mas demorou um tempo ainda para me adaptar, pois precisei mudar muito meus hábitos. Mas sempre tive bastante incentivo da família e principalmente de técnicos muito bons como meu primeiro técnico Afonso Valente Filho, e meus dois técnicos de Santos, Isaac Zauli e Emerson Maeda.
4 - Qual a mensagem que você deixa para os mesa-tenistas e fãs da modalidade neste Dia Mundial do Tênis de Mesa?
Que se aprofundem mais no tênis de mesa porque realmente é um ótimo esporte para se praticar!
COMUNICAÇÃO CBTM
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