Evento de lançamento do projeto “Tênis de Mesa Nota 11” na APAE DF
Por Gustavo Cunha, Federação de Tênis de Mesa do Distrito Federal
A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais do DF (Apae-DF), o Centro de Iniciação Desportiva de Ceilândia (CID), a Associação de Centro de Educação Física Especial (Cetefe) e a rede de Hospital Sarah Brasília vão passar a ter representantes nos torneios oficiais da modalidade na capital federal.
A estimativa é de que a medida traga cerca de 50 novos atletas Olímpicos e Paralímpicos para as competições locais. Segundo o presidente da FTMDF, Aloisio Lima, são entidades que já tinham interesse e trabalhos históricos com o tênis de mesa, mas não sabiam exatamente como proceder para oficializar essa relação.
"Estudamos o estatuto e vimos que havia total possibilidade deles entrarem como Clubes Vinculados. Isentamos eles da taxa anual numa proposta de isentar projetos sociais e porque eles não são clubes estritamente de tênis de mesa. Eles desenvolvem atividades esportivas para pessoas com deficiência, mas não têm o tênis de mesa como atividade fim. Assim, passam a ser vinculados à FTMDF, vão jogar os torneios, usar as camisas deles, mas não têm ingerência sobre a Federação", explicou o dirigente.
NOTA 11 - No último dia 29 de maio, a Apae-DF lançou o projeto "Tênis de Mesa Nota 11". A iniciativa busca reincluir o tênis de mesa nas atividades de educação física da associação. O número 11 é referência à Classe 11, voltada para atletas com deficiência intelectual no tênis de mesa paralímpico. A FTMDF contribuiu com a presença de atletas no evento e com o empréstimo formal de uma mesa para o projeto.
"Para nós é importante porque há uma demanda grande de se incluir pessoas com deficiência intelectual no esporte e o nosso público na Apae-DF é praticamente de pessoas com deficiência intelectual. Vejo esse movimento da Federação como muito importante, não só para a conquista em relação às novas adesões de atletas, mas pela oportunidade que vamos ter de que os nossos atendidos na Apae caminhem pelo segmento paralímpico", afirmou o professor Lincoln Fiuza, da Apae-DF.
CETEFE - Segundo Nathalia Cavalcanti de Araújo, gestora técnica e social do Cetefe, o tênis de mesa faz parte do conjunto de esportes oferecidos pela entidade há anos, mas houve uma retomada mais consistente em 2023.
"A gente entende que a Federação está ali para ajudar as instituições, associações e os atletas, principalmente dando um suporte na área de competições, porque é importante a gente desenvolver esses eventos para dar visibilidade e atrair novos públicos e filiados", afirmou Nathalia. "Para nós, a FTMDF tem um papel importante para que a gente caminhe junto no desenvolvimento da pessoa com deficiência no esporte", completou.
SARAH – O Hospital Sarah Kubitschek tem uma trajetória reconhecida internacionalmente no trabalho de reabilitação tendo o esporte como um de seus vetores. O tênis de mesa é uma das vertentes de trabalho da instituição, que também se soma à FTMDF a partir de agora. “O Sarah é uma espécie de celeiro por ter esse trabalho de reabilitação de muito tempo. Muitos de nós conhecemos o tênis de mesa pelo Sarah”, ressaltou o presidente da FTMDF.
CID - Juliano Kleber da Silva é professor de Educação Física da Secretaria de Educação do DF no CID de Tênis de Mesa, em Ceilândia. Ele explica que atualmente trabalha com cerca de 40 alunos e que há grande rotatividade no projeto. Juliano estima que entre 15 e 20 deles integrem os próximos torneios da FTMDF. "Estamos com essa expectativa", resumiu. O CID de Ceilândia funciona no Centro Educacional número 14.