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Steve Dainton destaca o crescimento do tênis de mesa no Brasil e revela planos da ITTF

CEO da Federação Internacional de Tênis de Mesa elogia evolução do esporte no Brasil e enfatiza importância de eventos para o desenvolvimento da modalidade na América Latina

Steve Dainton participou de diversos eventos durante a sua visita ao Brasil. Foto: Mauricio Val (CBTM/Fvimagem)

Por Comunicação CBTM

05/06/2024 15h50


Em entrevista exclusiva, Steve Dainton, CEO da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), celebrou o progresso do tênis de mesa no Brasil durante o WTT Contender Rio e discutiu a importância de eventos globais para o crescimento da modalidade na América Latina.

Dainton também compartilhou a visão da ITTF para o futuro digital do esporte, a expansão do tênis de mesa paralímpico e as medidas de integridade para garantir competições justas. Ele destacou a possibilidade de um Star Contender no país em 2025 e a candidatura do Brasil para sediar o Campeonato Mundial de 2027, o que seria um marco histórico para a região.

Quais são suas impressões, dez anos depois, do tênis de mesa brasileiro neste WTT Contender? 

Realmente um prazer estar de volta ao Brasil, de volta ao Rio de Janeiro, e mais importante, estou muito feliz em ter um evento WTT Contender neste país importante para o tênis de mesa, especialmente porque temos alguns jogadores realmente ótimos vindo daqui, como Hugo Calderano, Bruno Takahashi, e muitos outros. Então, vê-los jogando muito bem durante toda a semana tem sido ótimo. Podemos ver o desenvolvimento do tênis de mesa no Brasil melhorando ano após ano, e especialmente agora, quando temos este evento pela segunda vez, podemos ver, mesmo depois de um ano, não apenas dez anos, grandes melhorias no evento.

Em relação ao tênis de mesa na América Latina, ter grandes eventos dessa magnitude, na visão da ITTF, qual é o impacto? Quão importante é isso?

Em comparação com a China e alguns outros países, acho que é muito importante para o desenvolvimento global do esporte. Precisamos ter eventos em todas as partes do mundo e este mercado, o mercado das Américas, é um mercado em crescimento para o tênis de mesa, um mercado em desenvolvimento liderado em grande parte pelo Brasil. O Brasil tem sido o mercado de crescimento mais rápido para o tênis de mesa nos últimos anos. Agora precisamos espalhar isso na América do Sul, depois na América Central, Caribe, etc. Então, é realmente importante que tenhamos mais desses tipos de eventos anualmente, para que possamos continuar a desenvolver o esporte. Ainda há um longo caminho para alcançar o mercado asiático ou europeu. Na China os eventos têm casa cheia, eles também têm os melhores jogadores. Mas, passo a passo, acho que este é um ótimo começo.

Qual é a experiência mais importante que a ITTF e a WTT podem trazer para o Brasil e outros países em termos de evolução do tênis de mesa?

Temos que trabalhar juntos. Já existem muitas pessoas apaixonadas nas Américas fazendo grandes coisas pelo tênis de mesa. Aqui temos um membro do conselho executivo da ITTF, o presidente Alaor Azevedo, que trabalha muito duro há muitos. Muitos e muitos anos tentando desenvolver o esporte no Brasil. Também tem o conhecimento que podemos trazer da Ásia e da Europa, seja em eventos como o WTT Contender, ou em coaching, métodos de treinamento e sistemas, para ajudar a elevar o nível técnico dos jogadores nesta região.

O tênis de mesa tem evoluído com a WTT e há muitos planos, inclusive em termos de evolução para jogos eletrônicos. Gostaria que ele falasse um pouco sobre isso.

Bem, a era digital já está totalmente aqui, então devemos abraçá-la. É o caminho moderno. Os jovens em todo o mundo estão mais digitalizados do que nunca. Precisamos encontrar maneiras de falar com esse púbico, seja com nossos eventos e as transmissões ao vivo, seja pelas redes sociais e pelas diferentes plataformas digitais, ou pelas novas tecnologias como os e-sports e jogos eletrônicos. Precisamos desenvolver propriedades que se conectem a isso. É uma área importante que a WTT e a ITTF olham para o futuro. É a coisa mais importante que possamos fazer para que os jovens continuem interessados no nosso esporte.

Quais são os planos para o tênis de mesa paralímpico na WTT e na ITTF?

Abraçamos o esporte e os diferentes modelos de negócios com a WTT. Então, para nossos atletas profissionais, fizemos muito. Agora precisamos fazer algo semelhante nas Paralimpíadas, junto com nosso vice-presidente encarregado, que também é Alaor Azevedo. Ele nos pressiona muito, todos os dias, para fazer mudanças. Há um grande plano para fazer mudanças nas Paralimpíadas, para tentar torná-las mais visíveis, fazer mais pessoas verem e mais pessoas se envolverem. Vamos mudar alguns sistemas, mudar algumas ideias para que possamos torná-las ainda mais populares do que antes.

A manipulação de resultados é sempre uma preocupação para todas as entidades. Como a WTT tem trabalhado nisso, para tornar o ambiente realmente seguro? 

Acho que a integridade do esporte é uma questão muito importante para a ITTF e para a WTT. Nós temos uma empresa que verifica a integridade através de todas as diferentes empresas de apostas, para garantir que não haja nenhum tipo de manipulação nas partidas. E, se houver, eles nos enviam uma avaliação. Depois disso temos que tomar algumas ações. O que vimos na COVID foi muitas pequenas ligas surgindo no tênis de mesa. Elas ainda existem, especialmente na Europa, e vemos que lá existem algumas partidas questionáveis. Então, junto com nossa unidade de integridade, estamos elaborando um grande plano para lidar com essa ameaça e garantir que não tenhamos problemas como alguns outros esportes têm com a manipulação de partidas e a integridade. É um tópico importante e é uma grande premissa para o tênis de mesa nos próximos anos lidar com isso.

Qual é a grande mensagem que você deixa aqui para o Brasil após este WTT Contender?

Esperamos que em 2025 possamos ter um Star Contender aqui. E também esperamos que o Brasil faça uma forte candidatura para o Campeonato Mundial de Tênis de Mesa de 2027. Nunca tivemos o evento vindo para esta parte do mundo. Nunca na América do Sul ou na América Latina. Então, se o Brasil fizer uma candidatura e ganhar, será um momento histórico para o esporte.

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