Bruna Takahashi chega aos Jogos em busca de seus melhores resultados. Foto: Wallace Teixeira/FV Imagem/CBTM
Por Comunicação CBTM
Os grandes palcos são reservados às atrações de primeira grandeza. E nos Jogos Olímpicos de Paris, cuja disputa se inicia no fim deste mês de julho, nosso tênis de mesa feminino terá uma personagem especial, que embala os sonhos de todas as meninas que nela se inspiram. Seu nome: Bruna Takahashi, a primeira brasileira a ter conseguido ingressar no Top-20 do ranking mundial.
Não será a primeira vez de Bruna no maior evento multiesportivo do planeta. Ela integrou a equipe feminina brasileira nos Jogos do Rio 2016 e disputou os torneios individual e por equipes em Tóquio 2020. Na Cidade Luz, marcará presença em todas as competições de tênis de mesa – lutando por grandes resultados e dando mostras de seu talento e determinação.
"Dos Jogos de Tóquio, que foram disputados em 2021, até agora, o ciclo olímpico teve um ano a menos. Um tempo bem mais curto. Mas sinto que durante nesses três anos consegui evoluir bastante, tive ótimos resultados na minha carreira. Me sinto muito animada e melhor preparada para minha terceira Olimpíada", garante Bruna.
Resignação
O ciclo olímpico reduzido significou uma mudança enorme mudança na carreira de Bruna Takahashi. De uma atleta promissora nas Américas, para uma mesa-tenista respeitada em todo o mundo, graças a seu desempenho e seus resultados no Circuito WTT. A brasileira está ciente, mas sabe que sua responsabilidade aumentou na mesma proporção.
"Essas coisas não acontecem de repente, é preciso dar tempo ao tempo, saber vivenciar o processo. Por exemplo: nos Jogos Pan-Americanos do ano passado, infelizmente, perdi na final. Mas neste ano, ganhei o título da Copa Pan-Americana, uma conquista muito importante para mim. Com isso, posso dizer que não apressei as coisas, tudo foi no tempo certo. É claro que gostaria ter conquistado mais coisas que disputei. Mas assim é o esporte", afirma.
Bruna concorda com a afirmação de que as derrotas ensinam mais que as vitórias. Segundo ela, sua evolução no tênis de mesa se deve à capacidade de saber ressurgir após amargar insucessos.
"Ah, as derrotas ensinam muito sim. Mais do que muitas vitórias. Eu por exemplo, após derrotas doídas, como foi a da final dos Jogos Pan-Americanos, consegui me entender melhor. Como mulher, como jogadora... Naquela ocasião, perdi a decisão do individual mas ainda tinha que disputar em equipe. Então, foi preciso extravasar tudo e recuperar a minha força mental para voltar e ajudar a conseguirmos a medalha de bronze por equipes", conta Bruna.
Disparidade
Num tempo em que as mulheres alcançaram – de forma justa, embora tardia – lugar de destaque na sociedade, Bruna acredita que detalhar o avanço feminino em todos os setores é algo ainda bastante complexo. No que diz respeito ao esporte, ela afirma ainda existir muita disparidade.
"Jogo na Alemanha atualmente, e posso citar o exemplo de lá. Na Bundesliga, o sistema do masculino é totalmente diferente do feminino. O número de jogos que as mulheres precisam disputar nos torneios é bem mais exaustivo que o dos homens. Há muita disparidade na quantidade de jogos entre homens e mulheres, jogamos muitas vezes mais num fim de semana. Além disso, quando tenho em seguida que disputar uma etapa WTT, é supercansativo", revelou Bruna, completando:
"Já tentei falar com as meninas de lá para que tentássemos mudar isso de alguma forma, mas é difícil. Não somos muito escutadas... E esse é apenas um dos exemplo que posso dar a respeito desse assunto. Espero que isso mude para as próximas gerações, mas não garanto que isso possa acontecer. A sociedade está mudando e é preciso apoiar as mulheres".
Jogo a jogo
Em sua terceira disputa de Jogos Olímpicos, Bruna Takahashi possui como objetivo inicial obter sua primeira vitória na principal competição mundial multiesportiva. Contudo, ela não procura criar uma expectativa que possa afetar seu desempenho.
"Todos me perguntam qual a minha expectativa para os Jogos. Olha, é uma competição muito difícil, cada jogo é muito difícil. Em Tóquio, perdi na primeira rodada para uma franco-chinesa; agora, quero pensar jogo a jogo, não projetar desempenho”, avalia a atelta, atualmente 20ª colocada no ranking mundial.
Realizando sonhos seguidamente em sua carreira, Bruna Takahashi revela que, o próxima meta a conquistar é ingressar no Top-10 do ranking mundial. "É difícil chegar no Top-20; cheguei a estar na 17ª posição. É muito difícil chegar ao topo e, manter-se lá, mais difícil ainda. E estar me mantendo no Top-20 me dá mais confiança e motivação", garante.
Moda e gastronomia
A vaidade é um indispensável tempero feminino e Bruna Takahashi a possui, assumidamente. Revela que, além do âmbito esportivo, gosta de cuidar da pele do cabelo e, como não poderia ser diferente, adora se vestir bem. Roupas a fascinam, como a todas as mulheres. E mesmo estando em Paris para competir e tentar realizar o sonho de uma medalha olímpica, ele estará perto de um dos principais - senão o maior - cenário da moda mundial.
"Adoro roupas, gosto de me vestir bem. Sou daquelas que dou um pouco de trabalho à vendedoras nas lojas, experimento tudo o que me trazem paara ver. Também amo cremes, tenho vários. E agora estou curtindo a onda fit", revelou Bruna, que completará 24 anos de idade durante a disputa dos Jogos Olímpicos.
Quando o assunto é gastronomia, Bruna não esconde sua predileção: comida japonesa. Algo até normal de entender, tendo em vistas suas origens familiares expressas no sobrenome. "Na Alemanha, há um restaurante japonês ao qual costumamos ir umas três vezes por semana. Não é igual aos do Brasil, mas também é bom", conta Bruna.
Embalada
Bruna Takahashi chega a Paris embalada por resultados expressivos no Circuito WTT, que a alçaram ao 20º no ranking mundial. Além disso, conquistando medalhas no individual, por equipes e nas duplas femininas e mistas nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-CHI, tornou-se a melhor mesa-tenista feminina do país na história da competição, com um total de oito medalhas no total.
A vaga nestes Jogos Olímpicos veio com a prata no Campeonato Pan-Americano de Tênis de Mesa, disputado em Havana, Cuba. Além do sucesso individual e por equipes, Bruna se destacou também nas duplas. Na feminina, fazendo parceria com a irmã caçula Giulia Takahashi – conquistaram bronze no Campeonato Pan-Americano de Havana. E nas mistas, formando um conjunto forte com Vitor Ishiy, ao lado de quem faturou prata em Santiago.
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