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Paris 2024 – Inspirada na irmã, mas com intenso brilho próprio, Giulia Takahashi chega motivada aos Jogos Olímpicos

Esbanjando talento e simpatia, ela realiza mais um sonho e busca ampliar a história da família no tênis de mesa brasileiro

A sempre sorridente Giulia Takahashi será titular em Paris. Foto: Maurício Val/FV Imagem/CBTM

Por Comunicação CBTM

21/07/2024 10h00


O sorriso fácil e o jeito doce de menina contrastam com uma obstinada determinação para alcançar objetivos e com seu estilo de jogo altamente agressivo. Assim é Giulia Takahashi, a jovem campeã que integra a equipe brasileira de tênis de mesa para os Jogos Olímpicos de Paris.

"Estou sempre bem-humorada. Acredito que é importante não perder a nossa essência. Não é por que agora estou no caminho certo, conquistando meu espaço, que irei mudar meu jeito de ser. Sou assim, animada, alegre, sorridente", diz Giulia, esbanjando simpatia.  

Tênis de mesa é coisa de família para Giulia. O esporte está até em seu sobrenome; afinal, é a irmã caçula de Bruna – maior atleta feminina do Brasil na modalidade – sua parceira de vida e, de um tempo para cá, também de mesas – passaram a competir juntas formando dupla.

As irmãs Takahashi estarão em Paris para tentar, em suas respectivas categorias, tornar possível o sonho da medalha. Na verdade, não será a primeira vez que dividirão o convívio olímpico: em Tóquio 2020, Bruna competiu e Giulia esteve no Japão como suplente.

"Sempre sonhei com isso, desde pequena, competir nos Jogos Olímpicos junto com minha irmã. Em Tóquio estivemos juntas, mas eu não estava jogando. Agora ambas estamos muito ansiosas, será uma nova experiência para nós duas", relata a irmã caçula.

Sonhos e hobby

Giulia se inspira e aprende com Bruna, mas possui intenso brilho próprio. Aos 19 anos, pela seleção brasileira adulta, protagonizou este ano uma façanha no último Campeonato Sul-Americano, no Paraguai: com quatro ouros na mesma edição, igualou o recorde de Nakma Cruz.

"Ainda tenho muitos sonhos a realizar no tênis de mesa. Após os Jogos Olímpicos, vou disputar o Pan-Americano Juvenil e quero muito ganhar. Perdi a final das duas últimas edições para a mesma adversária. Isso não me sai da cabeça, estou treinando muito para ser campeã", revela Giulia.

Apesar dos muitos títulos de campeã, Giulia tem gostos adequados à sua tenra idade. Gosta de sair, se divertir, e revela ter um hobby em especial: cozinhar. "Gosto muito. Cozinho bastante e gosto de postar essas minhas incursões culinárias", conta.

Dorminhoca

Com o bom-humor que lhe é característico, Giulia Takahashi se declara assumidamente dorminhoca. Gosta, e muito, de dormir – o que é compreensível, haja vista sua intensa rotina de treinamentos e competições. E não vê problemas em falar sobre isso.

"As pessoas me falam que dormir não vai resolver os seus problemas. Mas os meus, resolve... Alguns deles, sim. Treino bastante todo dia e, quando sobra um tempinho, gosto de dormir. Mas jamais perderia um treino por causa disso. Só durmo após os treinos", garante, sorrindo.

Viagem inesquecível

Viajar é uma constante na vida de Giulia Takahashi, que desde bem nova faz parte de seleções brasileiras. Conhece inúmeros lugares e revel que, uma viagem feita este ano, para ela, foi especial: a Busan, Coreia do Sul, onde o Brasil realizou campanha histórica no Mundial por Equipes.

"Fui a Coreia do Sul este ano e, como assisto muito dorama (séries sul-coreanas exibidas em plataformas digitais com foco em drama, romance e situações do cotidiano) no Netflix, adorei poder estar lá. Também pelo fato de competir com minha irmã e a Bruna Alexandre. Fomos às oitavas de final da competição, foi uma experiência única, muito legal. Meus pais também foram, foi uma viagem inesquecível", lembra Giulia.

Após a melhor performance brasileira na história no Campeonato Mundial por Equipes, as atletas puderam curtir o cotidiano do país asiático. E Giulia Takahashi revelou um dos prazeres que conseguiram desfrutar.

"Comer. A comida coreana é demais. Eu a conhecia devido às séries que assisto. Até no refeitório do local de competição tinha aquelas comidinhas que eu queria... Nem precisava sair para comer", assume.

Souvenir

Paris está presente nos sonhos de Giulia. "Na primeira vez em que fui a Paris, conheci a Torre Eiffel. Estive lá com o Fanck (Jorge, técnico da seleção feminina) e tivemos uma escala de 12 horas no aeroporto da cidade. Foi um lugar muito especial que conheci, e agora será muito mais! Meus segundos Jogos Olímpicos, será demais", declara Giulia, aproveitando para fazer uma breve revelação:

"Viajo bastante e nunca costumo comprar nada nos lugares onde vou. Mas em Paris, foi diferente. Foi uma visita tão especial à Torre Eiffel que comprei um globo de neve (enfeite). É um lugar mágico", concluiu.

 

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