Aos 28 anos, Vitor Ishiy disputará os Jogos Olímpicos pela segunda vez. Foto: Mauricio Val (CBTM/Fvimagem.com)
Por Por Comunicação CBTM
Atleta experiente, com um currículo repleto de medalhas internacionais no individual, duplas e equipes, Vitor Ishiy disputará os Jogos Olímpicos pela segunda vez. Aos 28 anos, jogando há uma década na Liga Francesa, o atleta é top 100 do ranking mundial e estará em um local que conhece bem, para tentar fazer história com a seleção brasileira de tênis de mesa.
A primeira experiência olímpica de Vitor ocorreu em Tóquio 2020. Na competição por equipes, atuando ao lado de Hugo Calderano e Gustavo Tsuboi, ajudou a levar o time às quartas de final. Nesta fase, uma derrota para a Coreia do Sul causou a eliminação, mas deixou o Brasil na oitava posição, o melhor resultado de nosso tênis de mesa na história.
"Há uma grande diferença entre esse ciclo olímpico atual e o anterior. Naquele, foi tudo muito inesperado, foi algo rápido demais. Eu queria estar em Tóquio, mas não estava tão bem preparado. Já neste ciclo para Paris, eu estava melhor no ranking mundial e ajudei a classificar a equipe para os Jogos. Enfim, esperava que isso acontecesse", explica.
Se em Tóquio Vitor Ishiy era uma surpresa, em Paris ele chega credenciado por resultados expressivos, tanto no individual quanto por equipes. Em Paris, além dessas, ele também jogará nas duplas mistas ao lado de Bruna Takahashi.
"É minha segunda Olimpíada, mas tudo será novidade. Em Tóquio, em razão da pandemia, não houve público; agora, deve haver muita gente assistindo. E será uma correria, pois além do individual e da equipe, vou disputar a dupla mista com a Bruna. São três competições, enquanto no Japão joguei só por equipes. Será bem diferente”, analisou. “Mas espero que a experiência que adquiri nesses anos com a seleção brasileira possa me ajudar agora", completou.
Estar na França não é novidade para Ishiy, afinal, ele atua na Liga Francesa de Tênis de Mesa há dez anos, apesar de fazer seus treinamentos na Alemanha. Portanto, servirá quase como um "anfitrião" da equipe brasileira nestes Jogos Olímpicos de Paris.
Novos parceiros
Na Cidade Luz, Ishiy terá como companheiros Hugo Calderano, repetindo os Jogos de Tóquio, além dos estreantes Guilherme Teodoro e Leonardo Iizuka (este, reserva). Sobre esses novos integrantes da seleção brasileira, ele tem uma opinião bastante positiva.
"Conheço-os bem. Estou formando dupla com o Teodoro nas competições e estamos em um nível muito bom. Com o Iizuka tenho mais proximidade, pois apesar de eu atuar na França, costumamos treinar na Alemanha, onde ele joga. Ambos têm muito talento", afirma, sem querer estabelecer metas para a equipe brasileira em Paris.
"Temos nossos sonhos, claro, mas em um evento do porte dos Jogos Olímpicos, o importante é chegar muito bem preparado. Tentar ser protagonista e não apenas participante. Esta competição representa o auge para os atletas de todos os esportes. Não se pode deixar que as circunstâncias afetem o aspecto mental para tentar performar bem", afirma.
Incomparável
No aspecto técnico, os Jogos Olímpicos possuem o mesmo nível de um Campeonato Mundial, competição na qual Vitor Ishiy possui experiência. Para o brasileiro, contudo, há uma diferença fundamental.
"A Olimpíada é o evento máximo do esporte, acontece a cada quatro anos. O Mundial tem todos os anos, seja por equipe ou individual. Além disso, o convívio multiesportivo da Vila Olímpica é um enorme diferencial. Estar com os atletas dos outros esportes é uma experiência e tanto. Você está ali representando o Comitê Olímpico Brasileiro, não somente o tênis de mesa do país. É um momento especial, não há como comparar com o Mundial ou com qualquer outro evento", garante.
Esportes e pão de queijo
Amante dos esportes, praticou futsal, natação, judô e tênis - deste último, partiu para ingressar no tênis de mesa. Mas quando o assunto é comida, Vitor revela um curioso gosto especial por pão de queijo.
"Gosto muito de pão de queijo. Quando estou no Brasil, procuro sempre, não só para comer lá, mas também comprar pacotes para comer durante as minhas viagens e minha estada na Europa. É minha comida favorita e não sei explicar de onde veio essa paixão", afirmou.
Jogando em casa
"Jogo na Liga Francesa, o que faz essa Olimpíada bastante especial para mim. Passei algumas dicas à minha esposa, que virá aos Jogos, aos familiares do Teodoro, locais para se conhecer em Paris, pratos para experimentarem e outras coisas mais. Não me considero um 'expert' em cultura e vida francesas, mas posso dizer que conheço bastante. Passo muito por Paris e gosto de passear por lá. É um lugar muito especial para mim", afirma.
Ishiy revela que os monumentos históricos da cidade são as atrações que mais admira. Mas também tece elogios ao estilo arquitetônico de Paris. Sua lembrança inesquecível é a de quando esteve com a esposa na base da Torre Eiffel. "Foi um momento especial curtir aquele entardecer". Quem sabe agora o passeio romântico seja refeito, abrilhantado com uma medalha olímpica.
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