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Paris 2024 - Sonho de pódio na Cidade Luz embala Marliane Santos nos Jogos Paralímpicos

A mineira de Medina disputará a mais importante competição esportiva pela segunda vez e, agora, quer garimpar uma medalha

Brasileira está entre as dez melhores do ranking mundial em sua classe. Foto: Dhavid Normando (FVimagem.com/CBTM)

Por Comunicação CBTM

13/08/2024 21h00


Determinada, experiente e vencedora, a mineira Marliane Santos é uma das integrantes do time brasileiro de tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Potência paralímpica, o Brasil espera conquistar muitas medalhas na Cidade Luz, e Marliane, convocada como atleta da classe 3, vai brigar por um lugar no pódio.

Em sua segunda participação em Jogos Paralímpicos, Marliane Santos chega a Paris mais confiante do que em Tóquio 2020. Durante seu ciclo olímpico, acumulou importantes resultados, pódios e títulos em relevantes competições internacionais, tanto em duplas, quanto no individual. Nesse período, alcançou o top 10 no ranking mundial de sua classe.

"Em Tóquio, os Jogos foram realizados durante a pandemia, sem público. Agora será bem diferente, e estou muito ansiosa para viver essa experiência", diz Marliane, citando as conquistas que a credenciaram a integrar a seleção paralímpica de tênis de mesa que representará o Brasil em Paris.

"Fui campeã por equipes e vice-campeã individual no Parapan de 2019; no Mundial de 2022, conquistei o bronze nas duplas femininas; e, em 2023, fui campeã para pan-americana", relembra Marliane, que tem boas lembranças da França, onde conquistou, em maio de 2022, o título de duplas femininas (ao lado de Cátia Oliveira) no Aberto Paralímpico da França, em Saint-Quentin-en-Yvelines.

Da deficiência ao tênis de mesa

Nascida em Medina, interior de Minas Gerais, Marliane, de 32 anos, tornou-se cadeirante aos 15 anos, após uma esquistossomose (contaminação na medula causada por parasitas na água) que ocasionou a perda do movimento das pernas. Ela relembra como o problema se manifestou e o quanto o tênis de mesa a ajudou a enfrentar a limitação que o ocorrido lhe impôs.

"Na cidade onde eu morava, Comercinho-MG, há muitos rios. Quando eu era adolescente, voltava da escola e ia tomar banho neles. Não sabíamos, mas havia esse parasita em grande quantidade lá. Duas semanas antes de me tornar paraplégica, comecei a sentir muitas dores no joelho e na lombar. Ia ao posto de saúde, me davam medicamento, até que, uma noite, tive uma crise muito forte e, quando cheguei ao médico, não conseguia mais andar", relata.

Marliane demorou a ter a verdadeira causa do problema detectada e, com o passar dos dias, viu sua situação se agravar, com perda de mobilidade e de sensibilidade. Conclusão: adquiriu tetraplegia, mas posteriormente conseguiu recuperar os movimentos dos braços. Uma evolução que a permitiu ingressar no tênis de mesa após alguns anos - esporte que mudou a sua vida.

"O tênis de mesa ajudou a me reinserir na sociedade. Hoje, vejo a vida de outra forma devido ao esporte, com competições e viagens. Convivo com muitas pessoas que têm uma história parecida com a minha. Ou seja, não consigo mais viver sem o tênis de mesa", afirma.

Trajetória

No decorrer do enfrentamento das limitações que a patologia lhe impôs, Marliane conheceu o tênis de mesa aos 22 anos, por intermédio de seu irmão, que possuía contato com uma gestora do esporte, Soraya Alvarenga. Ela a convidou para morar em São Paulo e iniciar a prática da modalidade.

"Comecei a jogar praticamente do zero, não sabia quase nada de tênis de mesa. Mas fui treinando duro, com dedicação, e fui melhorando cada vez mais. E hoje posso dizer que estou indo para o meu segundo Jogos Paralímpicos", conta Marliane, que, antes de se dedicar totalmente ao tênis de mesa, tinha a dança como hobby - fazia apresentações de dança clássica.

Meta

Embora esta não seja a primeira vez que Marliane representará o Brasil em Jogos Paralímpicos, ela descreve a oportunidade em Paris como ‘única’. E espera realizar o sonho ir ao pódio na maior competição esportiva para pessoas com deficiência.

"Estou pronta para colocar em prática, na mesa, o que venho treinando no dia a dia. Buscar uma medalha para o Brasil nestes Jogos seria também um marco na minha carreira. Conto com a torcida de todos os brasileiros, que eles enviem boas energias, pois tentaremos fazer o melhor", promete.

Assim é Marliane Santos. Uma atleta vencedora, determinada e que, quando não está de posse de sua raquete nas mesas de competição, aprecia comer frango caipira, ouvir música religiosa (louvores) e, se pudesse praticar outro esporte, escolheria a capoeira.

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