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Paris 2024 – O céu é o limite: na sua terceira participação nos Jogos Paralímpicos, Cátia Oliveira vai em busca do ouro

Brasileira, vice-campeã mundial e medalhista nos Jogos de Tóquio 2020, já foi jogadora profissional de futebol

Em Paris, além da categoria individual, Cátia disputará as duplas femininas e mistas. Foto: Dhavid Normando (FVimagem.com/CBTM)

Por Comunicação CBTM

17/08/2024 13h15


Detentora do mais expressivo resultado do tênis de mesa individual feminino paralímpico até os dias atuais - o vice-campeonato mundial em 2018, na Eslovênia - Cátia Oliveira é uma das integrantes do time brasileiro nos Jogos Paralímpicos de Paris. Em Tóquio 2020, ela faturou a medalha de bronze; agora, sua meta é chegar ao topo do pódio nas três categorias que disputará.

Aos 33 anos de idade, a paulista Cátia - integrante da classe 2 (cadeirante) - participará dos Jogos Paralímpicos pela terceira vez. Em Paris, além da categoria individual, ela disputará as duplas femininas e mistas. E não esconde que as medalhas de ouro são seu principal objetivo na capital francesa.

Cátia possui outras relevantes conquistas: ouro nas duplas femininas WD5-10 e mistas XD4-7 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; bronze nas duplas e no individual no Mundial da Espanha 2022; bronze no Parapan de Lima 2019; ouro no individual e prata por equipes nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015.

Dos campos às mesas

A trajetória esportiva de Cátia Oliveira é bem interessante. Antes de sofrer o acidente de carro que a tornou cadeirante (tetraplégica), ocorrido em outubro de 2007, quando tinha 16 anos, ela praticava outro esporte, de forma profissional: o futebol.

"Eu era jogadora de futebol profissional. Jogava na equipe de Botucatu-SP e, no mesmo dia em que fui convocada para a Seleção Brasileira Sub-17, que iria disputar o Mundial da categoria, sofri o acidente. Seis meses depois, o tênis de mesa entrou na minha vida", conta Cátia.

"Conheci a modalidade em 2013, numa feira realizada em São Paulo, especializada em adaptações de equipamentos para deficientes físicos. Ao conhecer o tênis de mesa, me apaixonei por este esporte. Um mês depois, entrei num ginásio para disputar um campeonato e senti que aquela chama que havia se apagado no futebol reacendeu novamente. Voltei a sonhar em defender meu país numa competição esportiva", relata.

Cátia afirma que o tênis de mesa também a auxiliou bastante a evoluir fisicamente após ter adquirido a deficiência. "Me ajudou muito, me deu a oportunidade de recuperar movimentos. Melhorou minha mobilidade, meu equilíbrio. Sou muito grata ao tênis de mesa também neste sentido".

Inspiração

Em busca de sua segunda medalha paralímpica após o bronze conquistado em Tóquio, Cátia é uma das mais experientes integrantes da delegação brasileira em Paris. Ela sabe que, além do objetivo de conquistar bons resultados, servirá como exemplo às atletas mais jovens que competirão nos Jogos.

"Mesmo indo para minha terceira edição de Jogos Paralímpicos, ainda existe aquele 'frio na barriga'. A diferença é que, agora, sei lidar melhor com ele. A expectativa sempre vai existir. Tenho consciência de que, pela minha experiência, serei um exemplo para as meninas mais jovens que irão competir e espero ajudá-las", diz Cátia.

"Além da parte técnica e física, é importante estar preparada psicologicamente. A parte mental é muito importante. Estou me preparando para, se Deus quiser, conquistar três medalhas de ouro em Paris", anseia, fazendo elogios a Joyce Oliveira, sua parceira nas duplas femininas, ao lado de quem, em junho deste ano, conquistou o título do Aberto Paralímpico da República Tcheca na classe WD5.

"Me identifico muito com a Joyce, minha parceira de duplas. Temos um entendimento e uma energia mútua muito grande na mesa. Ela é bem parecida comigo no aspecto da garra, da vibração. No tênis de mesa, a considero um ídolo", elogia Cátia.

Pagodeira

Ex-jogadora de futebol (tem como ídolos Marta e Ronaldinho Gaúcho), Cátia Oliveira revela que possui um gosto em comum com os atletas dos gramados: seu gênero musical preferido é o pagode - com uma predileção especial por "Está Escrito", do grupo Revelação. Mas ela também tem seu lado "funkeiro" e, minutos antes de começarem seus jogos, escuta "Sonhar", de MC Gui.

Quando não está treinando ou competindo no tênis de mesa, diz ser uma pessoa tranquila, que gosta de ficar em casa e de conviver com a família e os amigos. Quanto aos pratos preferidos, enumera: em primeiro lugar, arroz com feijão; em segundo, lasanha.
Cátia pede que a torcida brasileira torça e reze por ela em Paris, pois fará de tudo ao seu alcance para trazer as sonhadas medalhas de ouro para o Brasil.

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