Notícia

Paris 2024 - Danielle Rauen chega motivada e esperando um clima diferente em seu terceiro Jogos Paralímpicos

Após conquistar bronzes no Rio e em Tóquio, a catarinense viverá uma atmosfera distinta das que experimentou

Catarinense de São Bento do Sul, Dani Rauen possui dois bronzes paralímpicos. Foto: Dhavid Normando (FVimagem/CBTM)

Por Comunicação CBTM

18/08/2024 13h15


Os resultados comprovam: entre as mesa-tenistas brasileiras que disputarão os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, Danielle Rauen (classe 9) está vivendo o melhor momento de sua carreira. Nos Jogos Parapan-Americanos do ano passado, em Santiago, Chile, ela conquistou medalhas de ouro em tudo que disputou - individual feminino, duplas femininas e duplas mistas.

No que diz respeito aos Jogos Paralímpicos, os quais disputará em sua terceira edição, Dani Rauen também tem história. Ou melhor, medalhas. Foi bronze por equipes no Rio 2016 (classes 6-10) e em Tóquio 2020 (classes 9-10). Agora, na capital francesa, seu objetivo é aumentar sua coleção, subindo a lugares ainda mais altos no pódio.

Trajetória

Catarinense de São Bento do Sul, Danielle, de 26 anos, disputará em Paris a competição individual, de duplas femininas (com Bruna Alexandre) e mistas (com Luiz Felipe Manara). Portadora de artrite reumatoide juvenil, doença que atrofia os músculos, ela relembra como começou sua relação com o tênis de mesa.

"Comecei a praticar tênis de mesa aos nove anos de idade em minha cidade, como uma forma de fisioterapia em razão do meu problema. Depois, me apaixonei pelo esporte. Além de poder representar o Brasil jogando, afirmo que ele salva a minha vida todos os dias, e isso é o mais importante para mim", afirma.

Aos 13 anos, Danielle passou a integrar a seleção brasileira paralímpica da modalidade. Em 2016, no ciclo paralímpico dos Jogos do Rio, foi morar em Piracicaba; no ano seguinte, mudou-se para São Paulo, onde iniciou o ciclo para Tóquio 2020.

"Em Paris, será minha terceira paralimpíada. Nas outras em que participei, consegui conquistar medalhas de bronze, uma em cada. Quem sabe, agora, não consigo três medalhas? Afinal, vou disputar três categorias. Acho importante também poder passar experiência às atletas mais jovens que competirão também. Principalmente à Sophia (Kelmer), que disputará os Jogos Paralímpicos pela primeira vez e é a atleta mais jovem da delegação brasileira", diz Danielle.

Tratamento

Dani Rauen afirma que, quando não está em treinamentos e competições, procura abstrair o tênis de mesa de sua mente. Segundo ela, pensar somente na modalidade não é bom, pois é preciso diversificar os pensamentos para ter uma vida saudável e normal. Como reside longe da família, tenta estar em contato constante com os parentes para amenizar a saudade.

"Descobri minha doença com quatro anos de idade. Ela atrofia os músculos e degenera as articulações. Ou seja, se você ficar muito tempo parado, sem atividade física, ela se agrava. Faço tratamento há muitos anos; hoje em dia, uso um imunossupressor, uma terapia biológica. Adquiro através do SUS e é uma medicação que, assim como o esporte, salva minha vida. A doença está em remissão há cerca de dez anos, e isso é algo muito positivo", conta Dani, que realiza seu tratamento em Curitiba e está frequentemente na ponte aérea São Paulo-Paraná-Santa Catarina.

Atmosfera

Na opinião de Danielle Rauen, os Jogos Paralímpicos de Paris serão especiais. Segundo ela, as duas outras edições que disputou tiveram características próprias, diferentes daquelas que encontrará na Cidade Luz.

"Paris será especial, muito diferente das outras em que disputei. Em 2016, no Rio, estava em casa, com apoio da torcida, foi uma atmosfera única, uma vivência própria. Já em Tóquio, devido à pandemia, não havia público. Lembro que as medalhas não nos eram colocadas, tínhamos que pegá-las e colocá-las nós mesmos devido aos protocolos de saúde. Creio que em Paris conseguirei sentir o que são realmente os Jogos, fora de casa e com público, sentindo o calor das pessoas. Será bem diferente", opina.

Segundo Danielle, após um difícil ciclo paralímpico, é hora de colocar em prática tudo o que foi treinado e desenvolvido. E, acima de tudo, desfrutar, estar feliz jogando. Em sua opinião, o resultado é consequência. Fã de comida japonesa e de música eletrônica, Dani Rauen revela que, se tivesse que escolher outro esporte, seria a natação.

"Meu maior sonho, além de conquistar uma medalha individual em Jogos Paralímpicos, é poder representar tantas pessoas, além de fazer do esporte uma profissão. Trazer um significado especial à vida das pessoas. Não são apenas conquistas que movem o esporte, o importante é como as pessoas lembrarão de você. Esse é o legado que eu gostaria de deixar", afirma.

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