Por CBTM
CBTM: O que jogar um Pan significa pra você?
KARIN SAKO: Jogar um Pan é a realização de um grande sonho, é a consequência de dias ralando no treino, no preparo, abrindo mão da diversão.
CBTM: O que você faria para jogar este Pan no Rio de Janeiro?
KARIN SAKO: Bom, ter saído de casa, da mordomia, da vida boa foi uma grande mudança. A partir do momento que mudei para São Paulo a vida mudou bastante. Tive que começar a me preocupar com coisas que eu nem me preocupava, como comida pronta na mesa, roupa limpa, casa limpa, cama arrumada, pai e mãe me levando pra onde eu fosse. Outra coisa é a motivação individual. Tinha dias em Mogi que eu não queria treinar por preguiça, mas minha mãe sempre estava do meu lado dizendo que não podia faltar. Aqui não tem ninguém para me levanta da preguiça ou mesmo do cansaço. Ficar em casa é fácil, difícil é sair da cama, cansada, e ir treinar. Para não acontecer isso é pensar sempre no foco, no objetivo que, no caso, é querer jogar o Pan! Estou disposta a continuar essa luta, sempre tentando dar um pouco a mais de mim.
CBTM: Você, Mariany Nonaka e Carina Murashige disputarão duas vagas. Fale um pouco sobre suas concorrentes.
KARIN SAKO: São duas atletas muito fortes, ambas tem experiência lá fora, tem raça, técnica, decisão, tudo para estarem lá no Pan.Pude acompanhar tanto a Mary quanto a Carina lutando dia apos dia por esse objetivo, dando o máximo delas na mesa, no preparo físico e mental. Posso dizer que fico muito feliz de estar concorrendo com elas, que são grandes nomes no tênis de mesa brasileiro.
CBTM: No que você acha que pode superá-las e ganhar a vaga?
KARIN SAKO: Acho que serão detalhes, não sei dizer o que.
CBTM: O que você espera sentir ao jogar um Pan Americano no Brasil, caso se classifique?
KARIN SAKO: Bom, no jogo espero sentir tudo, menos a pressão, pois isso poderá afetar o desempenho, mas na abertura, quando pisar na vila, imagino sentir a realização de um sonho, de poder vestir a camisa do Brasil, chegar na hora do Hino Nacional e me emocionar dizendo "valeu a pena!".
