SAIBA SOBRE A HISTÓRIA DE BELO HORIZONTE
Por CBTM

Belo Horizonte é um município brasileiro e capital do estado de Minas Gerais. É a quinta maior cidade do Brasil em população, com 2.399.920 habitantes (IBGE, 2006). A Região Metropolitana de Belo Horizonte é a terceira em importância econômica e demográfica do Brasil, possuindo cerca de 5,3 milhões de habitantes.
A cidade se originou de uma pequena vila chamada Curral Del Rey, fundada por João Leite da Silva Ortiz, que achou o clima da região agradável, e ali se estabeleceu com a Fazenda do Cercado. No local, nas fraldas da Serra do Curral, em 1750, por ordem da Coroa, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral del-Rei, então sede da freguesia do mesmo nome instituída, de fato em 1718, em torno de capela ali construída por Francisco Homem del-Rei. A freguesia foi oficializada em 1748.
No final do século XIX, a então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, apresentava dificuldades de acomodar uma expansão urbana, devido à sua localização. Isso gerou a necessidade da transferência da capital para outra localidade. O Congresso Mineiro reunido em Barbacena, em sessão de 17 de dezembro de 1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição do Estado, as cidades de Juiz de Fora, Barbacena, Várzea do Marçal, Paraúna e Belo Horizonte como locais propícios à instalação da nova capital, depois que se ouvisse o parecer da Comissão Construtora, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, que optou por Belo Horizonte. Seu território foi desmembrado de Sabará e inicialmente foi denominada Cidade de Minas. A capital do Estado foi oficialmente transferida em 12 de dezembro de 1897 durante o governo de Chrispim Jacques Bias Fortes, já com o nome de Belo Horizonte.
Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi a primeira cidade brasileira moderna planejada. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas, cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares, visadas privilegiadas, e uma avenida em torno de seu perímetro (Avenida do Contorno). Outro aspecto interessante do projeto original é a abundância de parques e praças, com um grande parque municipal na área central.
A expansão urbana extrapolou em muito o plano original. Quando foi iniciada sua construção, os idealizadores do projeto previram que a cidade alcançaria a marca de 100 mil hbitantes apenas quando completasse 100 anos. Em 1997, ano do centenário, a cidade possuía mais de 2 milhões de pessoas. Essa falta de visão se repetiu em toda a história da cidade que jamais teve um planejamento consistente que previsse os desafios da grande metrópole que se tornaria.
Aos poucos, pequenas fábricas se instalaram, a energia elétrica se ampliou, as obras foram retomadas, os transportes melhoraram e começaram a surgir praças e jardins que deram uma nova paisagem. O número de empregos cresceu, chegaram novos habitantes, a vida social e cultural começou a se agitar. A indústria ganhou impulso na década de 20 e inauguraram-se grandes obras, surgiram novos bairros sem planejamento e com eles, sérios problemas urbanos.
Na década de 20, surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional. Carlos Drumond de Andrade, Cyro dos Anjos, Pedro Nava, Luís Vaz, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon, para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira.
A década de 40 trouxe o avanço da industrialização e surge o Complexo Arquitetônico da Pampulha inaugurado em 1943 por encomenda do então prefeito Juscelino Kubitschek. O conjunto da Pampulha reúne os maiores nomes do modernismo brasileiro, com projetos de Oscar Niemeyer, pinturas de Portinari, esculturas de Alfredo Ceschiatti e jardins de Roberto Burle Marx.
Na década de 50 a população da cidade dobra, passando de 350 mil para 700 mil habitantes. Como resposta ao crescimento desordenado da cidade, o prefeito Américo René Gianetti dá início à elaboração de um Plano Diretor para Belo Horizonte.
Na década de 60 muitas demolições foram feitas, transformando o perfil da cidade, que passa, então, a ter arranha-céus e asfalto no lugar de árvores. Belo Horizonte ganha ares de metrópole. A conurbação da cidade com municípios vizinhos se amplia.
Na década de 70 a cidade atinge mais de 1 milhão de habitantes. Nessa época, os espaços vazios do município praticamente se esgotaram, e o crescimento populacional passou a se concentrar nos municípios coligados a Belo Horizonte, como Contagem, Betim, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Na tentativa de resolver os problemas causados pela crescimento desordenado, foi instituída a Região Metropolitana de Belo Horizonte e foi criado o Plambel, que desencadeou diversas ações visando a conter o caos metropolitano.
Na década de 80 foi iniciada a implantação do metrô de superfície e a memória da cidade começou a ser mais valorizada. Em 1980, milhares pessoas tomaram a então Praça Israel Pinheiro (hoje, Praça do Papa) para receber o próprio Papa João Paulo II. A cidade foi palco ainda de grandes manifestações visando a queda da ditatura militar no Brasil, sob a liderança de Tancredo Neves.
A década de 1990, foi marcada pelo reforço da estrutura administrativa do município, com a aprovação em 1990, da Lei Orgânica do Município e do o Plano Diretor da cidade, em 1996. A gestão municipal se democratizou com a realização anual do Orçamento participativo. O desafio ainda em curso, diz respeito ao fortalecimento da gestão integrada da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que reúne 34 municípios e devem cooperar entre si para a resolução de seus problemas comuns.
Nesta primeira década do século XXI, Belo Horizonte está se consolidando no cenário internacional como um grande centro nas áreas de biotecnologia, informática e de turismo de negócios. Alguns dos investimentos recentes nesses setores são a implantação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte, do Laboratório do Google para a América Latina, e do moderno Centro de Convenções Expominas. Sua infra-estrutura de serviços e lazer rivaliza atualmente com a das grandes metrópoles globais.
Fonte: Wikipédia