Por CBTM
No tênis de mesa, a equipe masculina da China ganhou a medalha de ouro em Pequim. Durante as competições, nossos repórteres descobriram uma sala que esconde um segredinho desses jogadores de olhos bem atentos.
A bolinha do tênis de mesa é a mais rápida das bolas das Olimpíadas: viaja de um lado pro outro a 230 quilômetros por hora. Para não perdê-la de vista, haja reflexo e jogo de cintura.
Mas o tênis de mesa também tem lá suas armas secretas. Nós entramos na sala da cola – que é um material obrigatório para o atleta.
--- Quem não usa leva muita desvantagem --- explica o nosso atleta, Hugo Hoyama, enquanto pincela sua raquete.
--- É uma cola especial feita para entrar em jogo minutos antes da partida. Ela é aplicada na camada de esponja que fica atrás da borracha da raquete. Em contato com a madeira, a cola estica a esponja, que por sua vez estica a borracha – proporcionando mais efeito e mais velocidade nos golpes.
Como a cola perde o efeito em mais ou menos uma hora e meia, a sala da cola fica congestionada antes dos duelos olímpicos. Nos bastidores, cada jogador aplica uma estratégia – como a técnica salão de beleza de uma das atletas, que usa o bafo quente e contínuo do secador de cabelos para fixar a cola.
Descobrimos também uma técnica pintor de parede: um rolinho de tinta facilita a fixação da borracha. Depois, basta sentar em cima da raquete para ter certeza de que não vai descolar durante o jogo.
A técnica brasileira tem influência oriental: Hugo Hoyama faz massagem na raquete.
Em Tênis de esa, é assim mesmo: o que os olhos não vêem, é ponto para o adversário.