Por CBTM
Simone Yumi Takinami, de 38 anos, é funcionária pública e trabalha no Fórum em Londrina. Todos os dias ela segue para o trabalho de carro e duas vezes por semana vai para a Acel treinar seu esporte preferido: o Tênis de Mesa.
A rotina dela é comum e pode ser levada por qualquer pessoa, a diferença é que ela faz todas estas atividades de prótese. Simone perdeu a mão direita em um acidente de trabalho no ano de 2004, quando morava no Japão.
--- Eu trabalhava em uma prensa, fazendo peças para alto-falantes, mas uma falha fez com que o equipamento prensasse e queimasse a minha mão --- lembra.
A forma como o acidente ocorreu não permitiu que a mão de Simone fosse reimplantada. A cirurgia e o tratamento de reabilitação foram feitas no ano seguinte ao acidente e durante este período ela permaneceu no Japão.
--- O meu maior medo era ter que lidar com o preconceito das pessoas. Nunca me senti inferior a ninguém, vejo este acidente como um obstáculo da minha vida que foi superado --- salienta.
Atualmente a funcionária pública utiliza uma prótese de apoio que foi cedida pelo governo japonês. A prótese utilizada por ela não se movimenta, mas é importante na hora em que ela precisa mexer com os papéis que a sua profissão exige.
--- Ela (a prótese) é importante para dirigir, ajuda a manter o equilíbrio e também serve como apoio em diversas atividades --- salienta.
Simone conta que tentou usar a prótese mecânica, que utiliza correias, mas não se adaptou.
--- Achei muito pesada e as correias faziam com que eu me sentisse presa --- lembra.
O fato de ser ambidestra facilitou sua adaptação com a mão esquerda, por isso a prótese de apoio supre a maior parte das necessidades do dia a dia.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal– Ministério do Esporte.
Folha de Londrina