Por CBTM
O atleta Paulo Salmin nasceu sem o fêmur da perna direita e foi submetido à varias cirurgias durante sua infância para adaptar-se à prótese. Ainda criança começou a jogar ping-pong no colégio por diversão, mas logo se destacou e anos mais tarde se tornou um profissional de Tênis de Mesa.
Paulinho, como é chamado pelos amigos, fez sua estreia internacional no Parapan Juvenil de 2009, em Bogotá, na Colômbia. Dois anos depois, conquistou o ouro no Torneio de Equipes e vice-campeão Individual do Parapan de Guadalajara, no México, garantindo uma vaga nos Jogos Paralímpicos de Londres.
No início da carreira, assim como todos os atletas, Paulinho foi submetido a um exame chamado Classificação Funcional, que define o nível de deficiência e a categoria da qual fará parte. Depois da avaliação, os profissionais o colocaram na classe 8, o que na verdade foi um erro, agora corrigido, com a mudança para a classe 7 após a participação no Aberto da República Tcheca.
Sempre pensando no desenvolvimento, a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa investiu na capacitação do fisioterapeuta Luis Gustavo Amorim, que se tornou também Classificador Funcional e teve papel fundamental na mudança de classe de Paulinho, apontando os equívocos cometidos.
--- Paulo Salmim sempre apresentou uma desvantagem em relação a classe na qual iniciou, por que ele não apresenta uma "simples" amputação acima do joelho,mas na verdade uma má formação congênita em todo membro inferior , que dificultava a participação dele em jogos mais rápidos e que necessitava de maior movimentação --- explicou Luis.
--- Verificando o empenho do atleta nos treinamentos e os resultados obtidos, começamos a estudar melhor a situação e buscar um melhor enquadramento dentro das regras, e foi o que aconteceu recentemente, uma transição natural dentro do esporte, mas que leva certo tempo para identificar a diferença entre os efeitos do treinamento e real limitação imposta pela sua deficiência física --- completou.
Segundo o Líder de Seleções Paralímpicas da CBTM, Victor Lee, o que se espera é que Paulo Salmin consiga evoluir na Classe 7, alcançando voos mais altos, pois se forem considerados os resultados dos últimos eventos, o atleta já seria Top-20 no Ranking Mundial, sua melhor posição no novo sistema adotado pela ITTF-PTT desde início de 2011.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.