Por CBTM
Com ampla hegemonia brasileira, chega ao fim neste domingo, dia 29, a primeira edição dos Jogos Sul-americanos da Juventude Lima 2013. Durante dez dias, a capital peruana foi palco do encontro dos melhores atletas da nova geração do continente. Unidos pelos valores positivos do esporte, mais de 1200 jovens, de 14 países, com idade até 17 anos, competiram em 22 modalidades.
Representado por 99 atletas, o Time Brasil conquistou medalhas em todas as modalidades do programa esportivo do evento. Com cerca de 70% dos atletas brasileiros voltando para casa com a medalha no peito, a geração Tóquio 2020 mostrou seu cartão de visitas e demonstrou a importância da renovação sustentável para o desenvolvimento do esporte olímpico brasileiro.
Faltando ainda as finais deste domingo, de atletismo e levantamento de peso, o Brasil já conquistou 119 medalhas, sendo 60 de ouro, 32 de prata e 27 de bronze. A Colômbia, segunda colocada, tem um total de 60 medalhas, sendo 25 de ouro. Agora, os jovens atletas do Brasil começam a pensar nos Jogos Olímpicos da Juventude, que acontecem em agosto de 2014, em Nanjing, na China.
Atuando pela primeira vez com chefe de missão da delegação brasileira em uma competição multiesportiva, o gerente de Performance Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e ex-judoca olímpico Sebástian Pereira aprovou a participação da nova geração do esporte nacional na competição.
--- Nos despedimos de Lima com um sentimento muito positivo. A experiência que esses atletas tiveram será inesquecível em suas vidas. Para muitos, essa foi a primeira viagem internacional. O ambiente que encontramos aqui os motivará para que continuem treinando, estudando e buscando melhorar sempre --- comentou Sebástian.
Apesar da organização não promover um quadro de oficial de medalhas, o desempenho dos atletas brasileiro e a manutenção da hegemonia no continente foram comemorados pelo COB. O chefe de missão fez questão de ressaltar o comprometimento dos atletas em busca de resultados positivos para o Brasil.
--- Além de um rico intercâmbio com outros países e culturas, os jovens atletas brasileiros demonstraram uma dedicação muito grande e os resultados comprovam que estamos com boas perspectivas. O desempenho em Lima será importante para analisarmos nossas chances nos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanjing. Para o COB, este evento também dá sinais importantes de uma evolução sustentável já pensando no planejamento pós Jogos Olímpicos Rio 2016. Estar atentos à renovação para que tenhamos uma geração de sucesso nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e assim por diante --- observou Sebástian Pereira.
O evento continental foi preparatório para os Jogos Olímpicos da Juventude Nanjing 2014. Apenas modalidades com índices, como a natação, classificavam para o evento do ano que vem. Agora, os atletas se prepararão para os torneios que dão vaga para a competição. Cada modalidade tem um sistema e um calendário de seletivas diferentes.
A modalidade que trouxe mais medalhas para o Brasil nos Jogos Sul-americanos da Juventude foi a natação, com 48 conquistas. Além dos pódios, muitos nadadores alcançaram em Lima suas melhores marcas pessoais. Também foram conquistados 12 índices para Nanjing 2014. O paulista Rodrigo Berti, que nadou em 12 provas, conquistou 10 medalhas no total. Já Bruna Primati, subiu nove vezes no pódio.
Demonstrando a importância do esporte escolar, a delegação brasileira em Lima contou com cerca de 50% de seus atletas oriundos dos Jogos Escolares da Juventude, competição organizada pelo COB desde 2005 e que vem se transformando num grande celeiro de talentos para o esporte nacional.
Em Lima, o COB montou uma complexa estrutura de suporte para atender os atletas do Time Brasil. No hotel onde os atletas se hospedaram, o COB montou uma área de convivência, com vídeo games, computadores, mesa de tênis de mesa, que virou ponto de encontro dos atletas durante o evento, além de departamento médico com atendimento disponível durante as 24 horas do dia, fisioterapia e massoterapia.
A logística do COB em Lima contemplou ainda estrutura de transporte, lavanderia, alimentação e secretaria. Antes de embarcar para a capital do Peru, os atletas participaram de um seminário em São Paulo, onde foram apresentados todos os detalhes do evento, e que serviu também para integrar o grupo.
Os Jogos Sul-americanos da Juventude reuniram mais de 1200 atletas com idade até 17 anos de 14 países do continente. Além do Brasil e do Peru, os países participantes são Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Argentina, Panamá, Paraguai, Venezuela, Uruguai, Aruba, Guiana e Suriname.
Nesta primeira edição do evento os atletas disputaram medalhas nas seguintes modalidades: atletismo, badminton, boxe, canoagem, ciclismo BMX, ciclismo estrada, ciclismo moutain bike (em formato diferenciado, com o somatório da provas), esgrima, ginástica artística, judô, levantamento de peso, luta greco-romana, luta livre, natação, remo, saltos ornamentais, taekwondo, tênis, tênis de mesa, triatlo, vela e vôlei de praia.
Além da competição esportiva, os Jogos Sul-americanos da Juventude tiveram uma extensa programação educativa e cultural, com o objetivo de difundir os valores olímpicos e estimular a união entre os atletas de diferentes países. A criação dos Jogos Sul-americanos da Juventude faz parte do planejamento estratégico da Organização Desportiva Sul-americana para o desenvolvimento esportivo da região.
A iniciativa está alinhada aos Jogos Olímpicos da Juventude, seguindo o mesmo programa esportivo, faixa etária, e filosofia de fortalecimento do esporte com o estímulo à cultura e à promoção da ética e da educação dos jovens.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
