Notícia

Atletas tiveram suas vidas mudadas e iniciaram amizade por causa do esporte

Por CBTM

11/12/2013 02h00


Depois do fechamento do Clube Tietê, em São Paulo, onde funcionava o Centro de Treinamento Nacional, a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa optou por separar os atletas Paralímpicos. Os andantes, das Classes 6 a 10 foram para Piracicaba e os cadeirantes, das Classes 1 a 5, para Brasília.

Em abril desse ano, Jennyfer Parinos trocou a brisa praiana da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, pela cidade do interior. A mudança não foi fácil, principalmente por ser a única menina do grupo, além de deixar os amigos e o carinho da família, que em momento algum deixou de apoiá-la.

Contudo, os dias de solidão de Jennyfer na sede da Frantt estão com os dias contados. A partir de 2014, ela terá a companhia de Danielle Rauen, atleta da Classe 10 que foi convocada pela Liderança de Seleções a se juntar ao grupo, que hoje conta com Paulo Salmin, Israel Stroh, Erick Higa e em breve também Luiz Manara.

--- No início meus pais não queriam me deixar ir. Qualquer pai quer proteger os filhos e isso é normal, mas com o tempo eles foram se acostumando com a ideia e eu disse que era isso mesmo que eu queria, então agora eles me dão total apoio --- disse a menina de 15 anos, prestes a deixar Santa Catarina.

--- Minha cidade fica na região oeste do estado, a doze horas de Piracicaba. Acho que a partir de agora só vou vê-los a cada três meses. Sei que no início não será fácil me adaptar, mas estou pronta para esse desafio --- garante Danielle, com personalidade e a certeza de quem sonha atingir o topo do esporte.

Por causa da mudança, Jennyfer foi obrigada a deixar a escola onde estudava e não conseguiu se matricular e outra em Piracicaba. Agora, além de dividir o dormitório, ela também será companheira de Classe de Danielle, o que para as duas é visto como algo positivo que poderá ajudá-las a superar as adversidades.

--- A adaptação não é fácil. Senti muita falta dos amigos e da minha família no início, mas depois com o tempo vamos se acostumando. Além disso, nos falamos praticamente todos os dias pela internet e sempre que posso voltou para passar o final de semana em Santos --- explicou Jennyfer, cujo a experiência poderá facilitar a vida da nova companheira.

As duas estão em San José, na Costa Rica, para a disputa do Campeonato Parapanamericano, que dará a vencedora uma vaga no Mundial da China, em 2014. Com as junções das Classes 9 e 10, as chances de Danielle aumentam, mas Jennyfer também pode ficar com a vaga por causa da posição que ocupa no Ranking Mundial.

--- Essa competição da Costa Rica é classificatória para o Mundial, mas somente uma atleta, a campeã, vai ficar com a vaga. Então, se eu não conseguir agora, vou tentar entrar pelo Ranking. Atualmente sou a 13ª colocada e, pelo que sei, poderão ir as dezesseis primeiras --- explicou Jennyfer, que recentemente foi reclassificada e mudou de categoria, passando da Classe 10 para a 9.

Jennyfer e Danielle estão iniciando uma amizade que tem tudo para ser eterna, que não será abalada nem mesmo pelo fato de poderem ser adversárias. O duelo deve acontecer novamente na Costa Rica, mas independentemente do resultado, uma coisa é certa: as duas são motivos de orgulho e enchem de esperança o torcedor brasileiro no sonho de uma medalha no Torneio de Equipes dos Jogos de 2016.

A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.

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