Por CBTM
Nessa quarta-feira, uma das principais promessas do Tênis de Mesa Paralímpico brasileiro, Danielle Rauen, que na semana passada ficou com a medalha de prata no Torneio Individual das Classes 9-10, em San José, na Costa Rica, completa 16 anos.
Danielle começou a jogar ping-pong por diversão no colégio, em São Bento, cidade da região oeste de Santa Catarina, e agora vive a expectativa de uma mudança radical, mas muito bem- vinda e comemorada.
A partir de 2014, a atleta passará a treinar em Piracicaba com a Seleção e será companheira de Jennyfer na sede da FranTT, onde também estão Paulo Salmin, Carlos Carbinatti, Israel Stroh e o também recém chegado Luiza Manara
Apesar da pouca idade, Danielle garante que sempre soube o que quis e por isso a missão de convencer a família a aceitar a ideia foi mais fácil.
--- Meus pais não queriam me deixar ir, mas isso é normal, porque todo pai quer proteger os filhos. Mas com o tempo foram aceitando porque eu disse que era isso mesmo que eu queria. Então agora eles me dão total apoio --- disse Danielle, que há três anos teve seu primeiro contato com a raquete.
--- Comecei em 2010 em um campeonato que tinha na escola. Fiquei em primeiro lugar e meu técnico me convidou para treinar com outras meninas lá em São Bento --- explicou a agora atleta, que começou a se destacar em eventos regionais e passou a disputar etapas do Circuito Copa Brasil.
Em abril desse ano, em Santos, Danielle causou sensação ao superar Jennyfer e terminar com a medalha de prata na Classe 10. O ouro ficou com Bruna Alexandre, representante do país nas Paralimpíadas de Londres que ocupa a quarta posição do Ranking Mundial.
--- A Copa Brasil Santos mudou todo o rumo. Ganhei da Jennyfer, que já era da Seleção, e a partir daí se abriram todas as portas. Disseram que a convocação poderia acontecer, então passei a treinar mais forte. Até que a notícia se confirmou --- lembra Danielle, com um sorriso de orgulho e satisfação.
Na Costa Rica, em seu primeiro evento internacional na categoria adulta, a atleta ficou com a medalha de prata perdendo justamente para Jennyfer, que além do título na junção das Classes 9-10 recebeu o prêmio de melhor atleta andante da competição, eleita pelos técnicos dos países participantes.
--- Na final eu acho que poderia ter me esforçado um pouco mais para ter conquistado o título, mas era contra uma brasileira, então tanto faz quem ganhasse. Mas como qualquer atleta queria ser campeã, só que não deu, fica para a próxima --- completa a menina, que promete trabalhar muito para buscar seus sonhos.
--- Acho que agora muita coisa vai mudar na minha vida, principalmente na parte dos treinos. Espero treinar forte, focar muito no Tênis de Mesa. Minha meta é ficar entre as 15 melhores do mundo para formar a equipe com a Bruna e Jennyfer nos Jogos de 2016 --- garante.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
