Jean-René faz balanço positivo do Mundial e já pensa nos Jogos Rio 2016
Por CBTM
O Tênis de Mesa do Brasil alcançou resultados históricos no Mundial por Equipes, que foi realizado entre 28 de abril e 5 de maio, em Tóquio, no Japão. Além do acesso inédito do time feminino à primeira divisão, os meninos alcançaram a 17ª posição, a melhor da história. Destaque para Gustavo Tsuboi, que chegou ao 36º lugar do ranking mundial, marca nunca antes alcançada por um atleta brasileiro.
Para o técnico da seleção masculina, Jean-René Mounie, o balanço da competição é muito positivo. Ele destacou a força da equipe brasileira diante de adversários europeus, tradicionalmente mais fortes.
“O balanço é realmente positivo, tivemos a oportunidade de brigar contra todas as equipes. Ganhamos de duas seleções importantes do tênis de mesa da Europa, a Rússia e a Dinamarca. Não conseguimos aproveitar outras oportunidades contra vários países, mas chegamos muito perto de ganhar”, disse o treinador, apontando o que falta ao time do Brasil para resultados melhores ainda no futuro.
“As nossas derrotas no grupo, sempre com placares equilibrados, não podem ser consideradas apenas má sorte ou coincidência. Os nossos jogadores precisam se acostumar ao ritmo e às exigências do alto nível. É somente uma questão de tempo. Temos de nos lembrar que há cinco anos, Cazuo e Gustavo estavam em 210 e 180 do ranking mundial, hoje são 89º e 36º. Agora eles precisam entender melhor as escolhas fundamentais em momentos chave nos jogos contra os top 50”, concluiu.
Antes do Mundial, Jean-René havia dito que a principal meta seria fazer com que a equipe evoluísse já pensando nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Pelas palavras dele, o objetivo parece ter sido alcançado.
“Gostei bastante do caminho que os jogadores tomaram aqui no Japão, sempre lutando, fazendo o melhor e acreditando que era possível. Para mim, essa competição é uma referência para construir a estratégia para os dois próximos anos”, avaliou Jean-René, que também analisou as grande chances do Brasil permanecer na primeira divisão em 2016.
“Acabamos o Mundial em 17º, o melhor resultado que o Brasil teve até agora. Mas, foi uma pena porque não conseguimos chegar ao top 16. Essa posição seria importante por causa da mudança da regra nesse ano. Até 2012, os 18 primeiros se garantiam na primeira divisão, mas esse número caiu para 16. Então, teremos dois anos para lutar pelo Ranking para seguirmos na primeira. Os seis melhores países ranqueados jogarão a primeira, e podemos ter confiança, pois temos três jogadores top 100 e com perfil para evoluir ainda”.