Por CBTM
Diz o ditado que ‘quando uma porta se fecha, abre-se uma janela’. Na vida de Catia Oliveira (ADIPPNE-SP), essa máxima se fez presente de uma forma intensa. Depois de conseguir se profissionalizar no futebol, ela teve a carreira interrompida por um acidente que a deixou tetraplégica, e chegou a pensar no pior. Mas, com a ajuda da amiga Tainá, encontrou o Tênis de Mesa.
“Na época do ocorrido, foi muito difícil. Sofri o acidente de manhã, e à tarde eu fui convocada para a Seleção que ia disputar o Mundial Sub-17, no Chile. Pensei no pior, mas a minha amiga Tainá, que sempre me incentivou muito no esporte, me ajudou a achar um que eu gostasse e estou até hoje jogando tênis de mesa, onde espero permanecer durante muito tempo. Claro que sonho em voltar a andar, mas hoje estou muito feliz como cadeirante e no tênis de mesa”, contou Catia, que demorou até voltar a praticar atividades físicas.
“Eu jogava futebol e com 14 anos foi para o time de Botucatu, onde fiquei um ano e meio. Em outubro de 2007 eu sofri o acidente, aos 16 anos, interrompendo o meu sonho que era ser jogadora de futebol profissional. Fiquei cinco anos em Cerqueira, mas sem querer fazer nada. Até que em 2013 eu encontrei o tênis de mesa numa feira para inclusão de deficientes e estou até hoje jogando”, explicou a corintiana fanática.
Mesmo praticando o tênis de mesa há pouco tempo, apenas um ano, Catia, 23, coleciona bons resultados e já sonha alto. O objetivo é o mesmo de quando jogava futebol: representar o Brasil.
“Em Maringá, meu primeiro torneio, e em Vitória, fiquei em terceiro lugar. Em Manaus eu consegui o vice-campeonato, todos em etapas da Copa Brasil. No Brasileiro, ano passado, fiquei em segundo nas duplas. Mas, estou evoluindo, e meu projeto é, quem sabe, entrar para a Seleção Brasileira e disputar os Jogos Olímpicos”, finalizou, sempre com um sorriso no rosto.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.