Por CBTM
Apenas três dos 94 atletas do Aberto do Brasil são adeptos do estilo
Pedro Andrade, de Santos (SP) – 11/09/2014
O Aberto do Brasil de Tênis de Mesa, que está sendo realizado em Santos (SP) e se encerrará no próximo domingo (14/09), conta com a participação de 94 atletas. Dentro deste universo, três brasileiros possuem uma característica rara entre os mesatenistas do país: Gustavo Yokota, Henrique Narita e João Largueza são adeptos do estilo defensivo, conhecido como “cateiro”.
“Por quase todo mundo ser atacante, eu escolhi ter um estilo diferenciado para aproveitar a força dos meus oponentes. Sabia que se usasse a força deles, teria de fazer menos força. Como o jogo de cato é de muito preparo físico, eles iam se desgastar mais rapidamente”, disse Henrique Narita, explicando o porquê de o estilo ser tão raro no Brasil.
“Em função da cultura, todos querem ser atacantes. E, como nunca ninguém soube ensinar o estilo cato, ninguém tentou aprender sozinho. Acho que fui um dos primeiros e agora esse número está crescendo, o que é ótimo para o esporte, pois o pessoal que vai jogar lá fora não estranha tanto esse estilo”, completou.
O Aberto do Brasil é o primeiro torneio que Narita disputa com as novas bolas de plástico introduzidas pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF). Como não vai mudar seu estilo, o jeito é se adaptar ao novo material.
“O jogo mudou, pois a bola não vem muito, então os atacantes conseguem colocar mais força, por ela parar mais e eles conseguirem encaixar melhor o jogo”.
Atacantes “reclamam” de jogar contra cateiros
O mesatenista Siddharta Almeida, de estilo ofensivo, teve pela frente, logo na primeira rodada do torneio adulto, o cateiro João Largueza. Mesmo com uma vitória por 4 sets a 2, ele admitiu que não gosta muito de enfrentar atletas defensivos.
"Eu, particularmente, não gosto de jogar contra cateiros. Como sou ofensivo, gosto de decidir logo os pontos e o estilo de jogo do cateiro é exatamente o oposto. Você solta o braço, mas ele sempre consegue um jeito de te devolver a bola e ainda à feição para outra tacada forte, forçando o erro. É um jogo muito mais de paciência do que de força, te obrigando a montar uma estratégia para vencê-lo”, analisou.
Apesar de impor algumas dificuldades aos oponentes, os cateiros também sofrem com as características diferentes dos que tem no ataque sua principal arma. Gustavo Yokota, por exemplo, venceu Jeff Yamada por 3 sets a 0, mas admitiu que o adversário se dá melhor em algumas oportunidades.
"Ser cateiro não é fácil. No jogo contra o Yamada, por exemplo, ele costuma levar vantagem pelo estilo de jogo mais ofensivo. Precisamos nos desdobrar para conseguir devolver bolas vindas de drives muito fortes".
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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iDigo | Assessoria de comunicação CBTM