Por CBTM
Técnico francês da seleção brasileira divide sua rotina entre dois países para acompanhar de perto os jogadores
Da redação, no Rio de Janeiro – 06/10/2014
Unanimidade entre os atletas da elite do tênis de mesa do Brasil quando o assunto é evolução, o técnico Jean-René Mounie é tido como um dos principais responsáveis pela melhora de desempenho dos mesatenistas brasileiros nos últimos cinco anos. Francês, ele se divide entre França, Alemanha e Brasil, tudo para acompanhar de perto a evolução dos atletas.
Os quatro integrantes do time masculino estão morando na Europa e atuando nas duas ligas mais fortes do continente. Gustavo Tsuboi, Cazuo Matsumoto e Hugo Calderano estão na Alemanha, enquanto Thiago Monteiro está na França.
“Moro na França mas, até dezembro, minha rotina vai se dividir entre França e Alemanha. Vou passar cerca de oito a dez dias na Alemanha para olhar de perto o desenvolvimento do Gustavo, do Hugo e do Cazuo. No caso do Thiago é mais fácil, pois estamos perto um do outro”, explicou Jean-René, destacando a importância da experiência internacional para os brasileiros.
“Os clubes têm uma estrutura completa e, além disso, os torneios contam com jogadores de diversos países. O Ochsenhausen, por exemplo, onde o Hugo atua, tem cerca de vinte atletas de nacionalidades diferentes. Essa variação no estilo de jogo faz com que ele tome conhecimento de técnicas distintas e se acostume às situações variadas na mesa”, analisou.
Amadurecimento de Hugo chama atenção de Jean-René
Mais novo entre os integrantes da seleção, Hugo Calderano, de 18 anos, está a menos de um mês na Alemanha. Após acertar sua mudança, ele participou dos Jogos Olímpicos da Juventude, onde conquistou o bronze inédito, e do Aberto do Brasil. Apesar da pouca idade, o mesatenista carioca tem de enfrentar o desafio de morar longe dos familiares, o que o obriga a um amadurecimento precoce. A maturidade de Hugo é um dos pontos destacados por Jean-René.
“O Hugo tem uma cabeça muito boa. É muito concentrado e maduro, consegue aprender tudo muito rápido. Essa experiência ajuda ele a crescer, mas, mentalmente, ele já está muito bem formado”, disse Jean-René, mostrando uma situação diferente de outro atleta da seleção.
“No caso do Thiago, ele precisa mais de estabilidade, pois tem mulher e filho já. Acompanho mais facilmente, pois está no mesmo país que eu, mas é diferente. É um trabalho direcionado, mais qualitativo do que quantitativo, pois ele já tem muita experiência e precisa principalmente, manter o ritmo de jogo”, completou.
Proximidade com treinadores ajuda no trabalho em conjunto
Um dos principais articuladores da presença de brasileiros em clubes europeus, Jean-René sabe da importância de trabalhar alinhado com os treinadores dos clubes, como o croata Dubravko Skoric, pentacampeão da Liga dos Campeões da Europa e técnico do Ochsenhausen.
“Acompanho de perto o trabalho nos clubes. Sou amigo do Dubravko Skoric e trabalhamos juntos sempre que podemos. Ele cuida mais da equipe profissional, mas estamos analisando os jogadores, pois eles ainda têm pouco tempo na Alemanha”, explicou Jean-René.
“Em algumas semanas eles trabalham até em doze períodos. Os jogadores têm um nível alto e, além disso, o Ochsenhausen trabalha muito bem a formação dos atletas. Cada jogador sabe o que precisa melhorar e esse trabalho ajuda muito na construção do estilo de cada um”, finalizou.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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iDigo | Assessoria de comunicação CBTM