Por CBTM
Atleta de São Bento do Sul projeta nova fase na carreira e sonha alto
Pedro Andrade, de Joaçaba (SC) – 30/10/2014
Apenas dezesseis anos, muitos obstáculos já superados, outros ainda por superar e sonhos a serem realizados. Esse poderia ser um resumo da vida da atleta Danielle Rauen, integrante da seleção brasileira paralímpica. Perto de completar dezessete anos, Dani, que está em Joaçaba (SC) para a disputa do Campeonato Brasileiro de Duplas e Equipes, representando São Bento do Sul (SC), alcançou mais uma conquista importante na última semana: no Aberto da França, ela foi reclassificada na classe 09 e já estreou com uma medalha de ouro por equipes, ao lado da francesa Claire Mairie.
“Fui para a classe 09, pois não tinha a mesma mobilidade das outras atletas e saia em desvantagem. Então, conversei com o Luiz Gustavo (classificador funcional da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa), comissão técnica e dirigentes e fomos tentar a classe 09”, disse a ex-atleta da classe 10.
“Fiz exames e mais exames e fui reclassificada. Para mim foi ótimo, pois meu ranking melhora muito”, explicou.
Ao mudar de classe, Dani levará os 1288 pontos que possuía no ranking da classe 10. Hoje, ela entraria na décima posição de sua nova categoria, a apenas oito de Danielle De Jong, da Holanda. Mas, com a vitória sobre a russa Olga Gorshkaleva (3ª) e a alemã Lena Kramm (11ª) durante o Aberto da França, Dani deve ganhar algumas posições.
Após a estreia com título, a expectativa da mesatenista natural de Santa Catarina é alta. Os objetivos já estão traçados e o trabalho segue firme em busca de resultados expressivos.
“Minha expectativa na nova classe é ter mais competitividade com minhas adversárias e, mais pra frente, conseguir uma vaga para os Jogos Rio 2016. Acho que tenho muitas chances na classe 09”, projetou a atleta que disputará a seletiva paralímpica para o Para-Panamericano, segunda-feira (03/11), em Joaçaba.
“Foi um passo muito grande para mim já começar ganhando da Olga. Até porque ela já tem muito mais tempo do que eu no paralímpico. Foi um incentivo muito grande, pois me mostrou que não estou longe delas e posso conquistar coisas boas”.
Amizade com treinador ajuda a superar distância da família
Dani começou no tênis de mesa em 2009, como parte do tratamento para uma Artrite Reumatóide Juvenil, uma doença degenerativa diagnosticada aos cinco anos. Sentindo que a modalidade respondia melhor do que qualquer outro tratamento, ela seguiu em frente.
Para continuar com seu sonho, Dani saiu de sua casa em São Bento do Sul (SC), em janeiro deste ano, para morar em Piracicaba (SP), onde treina no Centro de Treinamento Paralímpico da CBTM. Para superar as dificuldades de uma mudança tão grande, ela conta com um apoio especial de seu técnico Paulo Camargo.
“Antes de entrar na seleção, o Paulo me chamou para participar de uns jogos regionais em Capivari pela equipe dele. Tive bons resultados e nos conhecemos melhor a partir daí. Ele é como um segundo pai para mim, pois já que moro longe da minha família, ele está perto de em todos os momentos”, contou Dani.
“Na hora do jogo eu sinto muita segurança com a presença dele e é ótimo tê-lo comigo. Acreditamos muito no trabalho dele em Piracicaba, pois depois que ele começou a trabalhar lá, o nível subiu muito. Acredito que se seguirmos nesse caminho, vamos colher ótimos frutos”.
A confiança na equipe técnica não parte só de Dani, mas também de seus familiares. Depois de um início difícil, ela já está mais acostumada, mas revela que sente falta de seus familiares por perto em alguns momentos.
“Minha mãe também confia muito no Paulo e em todos que trabalham comigo em Piracicaba. No início foi difícil, pois ela jamais havia imaginado que eu sairia de casa antes do meu irmão, que tem 21 anos”, explicou.
“Nos três primeiros meses eu ligava para a minha de hora em hora. Depois, vi que se é isso que eu quero para o meu futuro, tenho de passar por esses obstáculos”.
Medalha olímpica é o grande objetivo da carreira
Já com conquistas importantes e entrando numa nova fase, Dani tem uma meta traçada na carreira, não só individualmente, mas também na parte coletiva.
“Meu maior objetivo é conseguir a classificação para os Jogos Rio 2016 e, junto com minhas companheiras, a Jennyfer Parinos e a Bruna Alexandre, conquistar uma medalha olímpica por equipes no Brasil”.
A vaga para as olímpiadas pode vir através do Parapan-Americano Toronto 2015, mas, antes, Dani terá de se classificar pela seletiva nacional. Por terem conquistado as medalhas de bronze no Mundial Paralímpico da China, Bruna Alexandre e Jennyfer Parinos já estão classificadas.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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iDigo | Assessoria de comunicação CBTM