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Caçula do Fast Track, Raphael Moreira encara desafio de ser técnico aos 20 anos

Por CBTM

02/12/2014 21h09


Três anos depois de deixar as raquetes para estudar, Raphael faz planos ousados para seu futuro na modalidade

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) - 02/12/2014

Há três anos, Raphael Moreira se viu diante de uma decisão difícil. Continuar defendendo a seleção brasileira de tênis de mesa, sua paixão, ou jogar tudo para o alto por uma vida acadêmica na universidade, o desejo da família? Em meio à encruzilhada, um caminho alternativo: decidiu fazer o bacharelado em Esporte, voltado para o alto rendimento. E os frutos já são colhidos agora. Com apenas 20 anos, ele foi escolhido para fazer parte do Fast Track, programa da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) para formação de treinadores de ponta.

Nesta segunda-feira (1º), ele embarcou com os outros dois técnicos que fazem parte do projeto – Jorge Fanck e Eric Mancini – para um período de intercâmbio na China. Lá, o grupo acompanhará o Mundial juvenil, em Xangai, e passará por uma imersão, acompanhando a rotina de atividades do Shandong Luneng, clube que pertence à estatal chinesa State-Grid, parceira da CBTM.

O convite para se juntar ao Fast Track veio de última hora. Após entrar na Universidade de São Paulo (USP), há três anos, Raphael seguiu treinando por dois anos. Ciente de que a rotina de estudos não o permitiria se manter em atividade por muito tempo, começou a se capacitar para, no futuro, ser técnico. Quando soube do programa da CBTM, não pensou duas vezes.

“Quando vi que havia aberto, me animei com a possibilidade. Avaliariam vários conteúdos que tinha, como inglês e o fato de ter tido um bom nível como atleta. Não era técnico, mas consultei e me deixaram participar”, contou.

Na primeira chamada para os treinamentos com o consultor internacional Michel Gadal, seu nome não havia sido incluído. No entanto, algumas ausências fizeram com que ele fosse chamado às vésperas das atividades.

“Fiz entrevista e passei. As coisas na minha vida acontecem meio assim. Também foi na última hora em que decidi parar de jogar para estudar. Essas surpresas são bem interessantes para seguir motivado”, disse.

Quando teve de optar pelos estudos ou pela carreira de atleta, Raphael não vislumbrava a possibilidade de seguir no esporte. Com uma bolsa de estudos em Santos (SP), tinha tudo encaminhado para, na verdade, ser engenheiro.

“Não era o que eu queria. Tinha feito vestibular para a USP, daí optei pelo bacharelado em Esporte. Acabei passando e tive que decidir em um dia se ia parar de jogar ou se estudaria na melhor faculdade do país, já que o curso é em período integral”, afirmou o hoje técnico, que, àquela altura, vivia grande fase como atleta.

“Foi muito repentino. Não queria pagar de jogar. Parei no meu melhor momento, estava na seleção”, completou.

Raphael não se arrepende. Logo viu que na faculdade conseguiria direcionar sua formação para seguir ligado ao tênis de mesa no futuro. Durante as aulas, começou a questionar os professores sobre questões relacionadas à modalidade – e identificou, então, mais uma oportunidade.

“Não tem um corpo de conhecimento científico produzindo sobre o tênis de mesa no país. Então, tenho de aplicar conhecimento de outras áreas. Pretendo conversar com meus professores sobre possibilidades de estudos sobre a nossa modalidade. Agora, estando dentro do Fast Track e mais próximo da CBTM, tenho muitas ideias”, explicou.

Pronto para os desafios

Com apenas 20 anos, Raphael não foge de novas responsabilidades. Além dos estudos, divide seu tempo com o trabalho na empresa júnior da USP, onde participa da produção de eventos. Para o futuro, já vislumbra um mestrado na área de gestão ou treinamento esportivo.

“Estando aqui no meio das feras, sei o quão importante é o estudo para a formação do alto rendimento”, disse.

O fato de não ter larga experiência como treinador não preocupa Raphael. Pelo contrário: para ele, começar já em meio a grandes nomes e com uma grande oportunidade, na maior potência mundial do tênis de mesa, pode acelerar seu crescimento.

“Sem uma grande trajetória anterior, não carrego os vícios. Tudo vai ser novo e vou conseguir adequar para o que for melhor para minha formação. Vou ser lapidado como diamante bruto”, concluiu.

A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.

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