Por CBTM
Brasileiro enfrentou lesão semanas antes dos Jogos da Juventude, mas deu a volta por cima para ficar com o bronze
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 31/12/2014
Em 2014, o tênis de mesa quebrou uma barreira histórica: a conquista da sua primeira medalha olímpica. O feito foi alcançado em agosto por Hugo Calderano na segunda edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China. O bronze foi ainda mais comemorado pela trajetória de superação que o mesatenista de 18 anos enfrentou para subir ao pódio.
Nanquim era tratada como a prioridade do brasileiro na temporada. Sua preparação havia sido voltada para a competição, em que poderia realizar um sonho pessoal e do tênis de mesa nacional. No entanto, uma lesão a cerca de um mês do evento fez com que Hugo tivesse de ajustar seus planos.
“Minha preparação não foi do jeito que queria”, contou o carioca, que se apoiou em um de seus pontos fortes na mesa para superar a dificuldade.
“Então, mantive minha cabeça focada na competição, pois sabia que, se meu lado mental estivesse bom, conseguiria meu objetivo”, explicou.
Logo na estreia, um conhecido rival: o argentino Fermín Tenti. O brasileiro perdeu o primeiro set por 12/10, mas logo se encontrou na partida para vencer as três parciais seguintes (12/10, 14/12 e 11/6) e ficar com a vitória.
“Foi uma semana de jogos com diferentes emoções. Já comecei com uma experiência muito difícil, porque eu iniciei perdendo o primeiro jogo contra o Fermín. Não estava muito bem, mas consegui virar. Ao longo da competição, não estive no meu melhor nível”, avaliou.
Ainda assim, Hugo fez uma campanha invicta até a semifinal – incluindo duas maratonas contra o tailandês Padasak Tanviriyavechakul e o polonês Patryk Katowka, ambas vencidas por 4 a 3. O único revés veio na disputa pela vaga na final, diante do japonês Yuto Muramatsu, considerado um dos melhores jogadores defensivos do mundo.
Na disputa pelo bronze, o brasileiro teve uma grande atuação e superou o taiwanês Heng-Wei Yang. Mais uma vez, Hugo explorou seu forte lado mental para garantir a vitória.
“Acho que foi o meu melhor jogo, e também o mais importante. Eu fiz 3 a 0, mas, quando ele diminuiu para 3 a 2, tenho de admitir que me senti nervoso. Qualquer um nessa situação se sentiria assim, mas coloquei a cabeça no lugar. Isso faz com que a vitória seja até mais gostosa, emocionante”, disse.
No último ponto, raça e técnica deram a medalha ao brasileiro. A emocionada comemoração, com direito a raquete ao alto, se estendeu ao pódio.
“Foi muito emocionante subir no pódio e ver a bandeira do Brasil ao lado da chinesa e da japonesa. O ginásio estava praticamente lotado de chineses, vi todos aplaudindo. Fiquei emocionado”, afirmou Hugo, que não esconde seu sonho maior.
“Lá no pódio, senti o gostinho de uma medalha olímpica. Pensei ali que queria voltar ao pódio, mas em uma Olimpíada adulta”, concluiu.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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