Por CBTM
Ambas as seletivas foram extremamente disputadas
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 02/02/2015
Na última quinta-feira (29), a seleção brasileira paralímpica preencheu as duas vagas restantes para os Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá, nas classes 4 e 9 – com Ivanildo Freitas e Erick Higa, respectivamente. Os mesatenistas venceram suas seletivas e ainda comemoram o resultado, conquistado em ambos os casos no limite do equilíbrio.
Pela classe 4, em Brasília (DF), Ivanildo Freitas (37º no ranking mundial) superou Ecildo Oliveira (38º) por 4 partidas a 3 – as disputas foram no sistema de melhor de sete duelos. Após estar vencer o primeiro confronto, Ivanildo chegou a abrir 2 sets a 0 nas duas partidas seguintes, mas levou a virada e terminou o primeiro dia de competição perdendo por 3 partidas a 2.
““A gente se conhece de longa data, são muitas competições e finais disputadas, então foi um jogo muito truncado. Tivemos que ter cabeça pra não dar ponto de graça”, contou.
Contudo, no dia seguinte, o quadro se inverteu: precisando vencer as duas partidas restantes, Ivanildo viu o adversário ter a chance nas mãos, mas ainda assim manteve o foco e conseguiu se classificar.
“Acho que no final o psicológico fez a diferença. À noite me concentrei muito, analisei o que aconteceu. Ele também veio motivado, tanto é que abriu 2 a 0 nas duas partidas, mas eu me mantive concentrado e consegui a virada”, comemora o mesatenista.
O experiente atleta é figurinha carimbada: participa dos Jogos Parapan-Americanos desde sua primeira edição, em 1999, na Cidade do México. Na última oportunidade, em 2011, em Guadalajara, Ivanildo acabou derrotado por um outro brasileiro, Ezequiel Babes. Mas segundo ele, o trabalho tem sido voltado para controlar um de suas principais características: o ataque.
“Se analisar todos os jogos que eu já fiz, acho que os que perdi foram todos por falta de paciência. Sou um jogador muito ofensivo, não posso ver a bola subir que quero fechar o ponto. Mas não é por aí, tem que saber baixar a adrenalina e saber a hora de fechar o jogo”, explicou, antes de emendar sobre o que espera da ida ao Canadá ainda este ano.
“Estou com uma expectativa muito boa, espero não repetir os mesmos erros. Mas cada jogo é um jogo, vamos ver como vai ser”, finalizou.
Classe 9 também tem duelo de conhecidos e muito equilíbrio
Em Piracicaba (SP), a disputa pela última vaga da classe 9 também foi marcada pelos detalhes. Erick Higa (29º) saiu vencedor por 4 partidas a 2 diante de Guilherme Ifanger (32º). Apesar de já ter derrotas e vitórias sobre o adversário, Higa admite que desta vez foi ainda mais complicado.
“Realmente foi um pouco mais difícil, ambos estávamos muito bem preparados, justamente por já saber que íamos nos enfrentar, diferente dos torneios internacionais que já participamos juntos. Ele não sentiu tanto o pino”, disse o jogador, destacando o seu estilo de jogo, no qual se tira o efeito da bola, induzindo o oponente ao erro.
Em 2013, em seu primeiro torneio continental – o Campeonato Parapan-Americano, na Costa Rica - Erick Higa levou o ouro por equipes ao lado de Ifanger e Edimilson Pinheiro, mas acabou caindo diante do mexicano Miguel Ariff (24º).
“Quero me preparar muito pra ir bem, e agora já conheço os adversários. Acabei perdendo para o (Miguel) Ariff e tinha também o (Tahl) Leibovitz, caso avançasse. Isso se não aparecer uma surpresa nessa edição”, recorda Erick, que não esconde a motivação extra para este Parapan.
“Estou querendo muito ser campeão e me classificar para jogar aqui no Brasil”, conclui o mesatenista.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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