Por CBTM
Dividindo a mesma casa, Jessica e Jeff contam detalhes da nova experiência no tênis de mesa europeu
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 18/2/2015
Os irmãos e grandes amigos Jessica e Jeff tinham desejos que se complementavam: ela gostaria de estar mais próxima da família, enquanto ele sonhava atuar em uma liga europeia. Finalmente, os planos dos Yamada se cruzaram para satisfazer a vontade de ambos. Vivendo há três anos na França, a irmã mais velha viu uma oportunidade para que o caçula se juntasse ao clube onde treina. Há cerca de um mês sob o mesmo teto, eles contaram detalhes de como essa novidade tem contribuído para o seu crescimento.
Após tanto tempo longe da família, como é voltar a conviver diariamente com o seu irmão? A alegria de tê-lo por perto pode até motivar mais no dia a dia?
JESSICA: Eu sempre amei estar perto da minha família. Em princípio, não tinha certeza de como seria, pois morávamos juntos, mas nunca tivemos que dividir muitas tarefas de casa. Desde que ele chegou, estamos nos entendendo muito bem e a convivência está sendo ótima. Com ele por perto me sinto muito mais feliz, tenho conseguido dormir melhor e, consequentemente, a qualidade e intensidade dos meus treinos aumentam. Afinal, nada melhor que uma noite bem dormida para recuperar bem as energias (risos).
Você o incentivou a ir para a França? Como foi sua participação nesse processo?
JESSICA: Tudo aconteceu muito rápido. Eu fiquei sabendo que o chinês que jogava no clube onde treino iria embora em dezembro, assim que terminasse seus estudos. Como aqui na França só é permitido um estrangeiro (não europeu) por equipe, na mesma hora pensei no meu irmão. Daí conversei com o presidente do clube e ele se interessou.
Como surgiu essa oportunidade de ir para a França? Já era um desejo antigo?
JEFF: Bom, em 2014 eu havia dito à minha família que gostaria de jogar m um liga profissional na Europa. Além da experiência de jogos, poderia aprender a conviver e morar fora de casa, o que nunca é uma tarefa fácil. Mas normalmente é difícil conseguir clubes na Europa, pois eles fecham os contratos muito cedo (início do ano) e, como só pode ter um estrangeiro por equipe, normalmente optam por chineses. Então seria difícil vir já no começo de 2015, estava prevendo para o meio do ano, quando começa a temporada. Até minha irmã vir falar da oportunidade que surgiu quando soube que o chinês do clube dela iria embora. Foi muito rápido, pois tive apenas alguns dias para decidir se iria ou não. E em princípio não queria morar com a minha irmã, pelo fato de eu me sentir muito tranquilo e confortável ao lado dela, já que somos muito próximos e por ela ser minha melhor amiga. Fugiria um pouco da ideia de morar fora e aprender a me virar sozinho. Mas por ser minha primeira vez na Europa e ter surgido uma oportunidade muito boa, aceitei, já que estaria em boas mãos e em um lugar confiável.
De que forma a Jessica poderá ajudar na adaptação ao país?
JEFF: Ela pode e já me ajuda muito no fato de saber falar a língua, já conhecer as pessoas do clube, lugares, restaurantes, métodos em casa... Também como funcionam as coisas aqui, como comprar cartões de metro, as lavanderias, locais de treino, onde posso conseguir ou comprar tal coisa, nas tarefas do dia a dia, fazer mercado, quais são melhores e mais baratos e etc. Me ensinar e mostrar a cultura e o jeito das pessoas aqui na França, que muitas vezes é muito diferente do Brasil. Fazendo me sentir mais tranquilo e relaxado, por não me sentir sozinho e ter alguém com quem conversar e trocar informações todas as noites, faz muita diferença. Como funciona a liga, o ranking francês, os torneios, treinamentos... Em geral: tudo! Literalmente, está sendo minha irmã mais velha mesmo!
O que você já pode dizer dos treinamentos e das competições, em relação ao Brasil?
JEFF: Na verdade, ainda não posso dizer muito porque estou há apenas um mês e só conheço os clubes onde treino aqui na França. Os treinos estão sendo bem diferentes, já que as pessoas e os estilos são bem distintos, e eu monto meus próprios treinos agora. Em geral, tem sido bom para eu pensar e refletir bastante sozinho. E os jogos da liga são muito legais e diferentes, muito bem feitos e organizados. É legal, pois, com isso, muitas pessoas aqui sobrevivem pelo fato de jogarem essa liga profissional por equipes. O tênis de mesa é a motivação deles, encarado de forma profissional e como um emprego. Isso atrai muitos estrangeiros, além de chineses e europeus, como muitos africanos e latino-americanos.
Vocês conseguem acompanhar os jogos um do outro? Como é essa torcida?
JESSICA: Nem sempre podemos acompanhar. Eu fui apenas uma vez, porque, quando o jogo não é em casa, fica difícil de ir junto. Estamos sempre torcendo um pelo outro, mesmo quando não podemos assistir de perto.
JEFF: Eu normalmente consigo acompanhar apenas pela internet. É difícil pelo fato do clube em que ela joga ser muito longe de onde treinamos (5h de trem). Fora de casa, pode ser ainda mais longe. E os jogos são realizados às terças-feiras, quando estou treinando. Consegui assistir uma vez ao vivo, quando ela jogou contra o time onde treinamos. Fui correndo do treino para vê-la.
Quais os planos do Mayenne para essa reta final da temporada?
JESSICA: Nesse ano, três equipes cairão para a Pro B. O objetivo do time é conseguir se manter na Pro A. Nosso próximo jogo será no dia 24 e será decisivo, pois será contra a equipe que está exatamente atrás da gente.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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