Por CBTM
Mesatenista de 25 anos conquistou vaga de forma heroica na seletiva disputada em dezembro passado
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ)
Na seletiva realizada em dezembro passado, em São Caetano do Sul (SP), mais uma vez, Humberto Manhani estava próximo do sonho de voltar a defender a seleção brasileira adulta. No entanto, a final diante de Cazuo Matsumoto, 89º colocado do ranking mundial, começou com um roteiro indigesto: 3 sets a 0 para o rival. Manhani, então, mostrou a força do seu desejo. Manteve a cabeça no lugar, buscou uma incrível reação, virou para 4 a 3 e foi às lágrimas.
Agora, o mesatenista de 25 anos está perto de disputar novamente uma competição pela seleção adulta. Ao conquistar a seletiva, Manhani ganhou o direito de defender o Brasil no Campeonato Latino-Americano, que acontecerá de 16 a 21 de março, em Buenos Aires, na Argentina. Confira a entrevista sobre sua expectativa para o evento:
O título na seletiva foi conquistado de forma emocionante, após sair perdendo a final para o Cazuo por 3 a 0. O que você sentiu à mesa naquele duelo?
Entrar na seleção adulta sempre foi um sonho. Já tinha participado de muitas outras seletivas. No ano passado, tinha ficado em segundo, perdi para o (Gustavo) Tsuboi por 4 a 1. No ano passado, foi a realização de um sonho. Estava perdendo por 3 a 0, não estava vendo saída, mas consegui me manter focado. Não desisti em nenhum momento e fui buscar. No 3 a 3, bateu aquela sensação de que iria ganhar quando abri 10/5. Fiquei nervoso e o placar chegou a ficar 10/9, mas daí fechei.
Qual a emoção nesse momento?
Foi emocionante, cara. Não é fácil jogar no alto nível com esses caras que estão na Europa, tendo uma outra experiência. Eles possuem uma bagagem bem maior, de Olimpíadas até. A emoção de conseguir fazer bons jogos, em toda a seletiva, foi muito gratificante. Essa vitória na final foi para selar todo esse esforço que tenho feito. Ter entrado na seleção adulta foi um milagre e um presente de Deus.
Como você se preparou para a seletiva?
A vida de atleta é abrir mão de alguns prazeres, há pressão da família. No segundo semestre de 2014, tranquei a faculdade de Engenharia Química. Por causa das viagens, você acaba perdendo algumas provas, é difícil conciliar. Foi arriscado, mas deu certo, realizei um sonho. Estou treinando em dois períodos desde então. Estava bem preparado, bem fisicamente. Minha esposa e meus pais apoiaram, foram fundamentais, assim como a minha patrocinadora Yasaka.
E como tem sido a rotina de treinos desde então? Começou o ano com ainda mais gás?
Sem dúvidas, a conquista da seletiva deu muita força. Não tive períodos de descanso no fim do ano. Fui visitar minha mãe no Paraná e a família da minha esposa. Mas no começo de janeiro já voltei aos treinos. Estou muito animado, intensificando a parte física, treinando todos os dias. A preparação é praticamente a mesma, mas com mais intensidade na parte física. E também estou me adaptando à bola nova também. É uma nova fase.
Quais suas projeções para o Latino-Americano?
Depois da conquista da vaga, as expectativas são as melhores possíveis A equipe do Brasil é uma das favoritas, mas o nível está alto, aumentando a cada ano. Será meu primeiro Latino adulto, mas vou confiante. Sei do potencial da seleção e espero conquistar bons resultados lá.
Apesar de estar voltando à seleção adulta, você já possui uma grande experiência na base...
Desde o mirim até o juvenil, sempre participei da seleção. Disputeis muitos Latinos, Sul-Americanos, Ibero-Americanos... Também fui ao Mundial adulto em 2010. Sei que o Latino é uma competição importante, mas não é novidade para mim. É um pouco diferente, mas estou tranquilo e sei o que esperar.
Quais seus próximos objetivos?
Primeiro, estou muito focado no Latino. Se surgir a oportunidade de ir aos eventos mais importantes, como Pan e Olimpíada, claro que é o sonho de cada atleta. Mas a preparação é a mesma. Tenho buscado e me esforçado pra isso. Estou bem preparado para defender o Brasil. Sei que não é fácil porque há muitos jogadores de qualidade, mas vou continuar batalhando.
Como você avalia o nível da seleção brasileira e do tênis de mesa brasileiro?
Acredito que a seleção brasileira hoje está bem melhor estruturada, com muito mais recursos. Os resultados são prova disso. O Brasil tem estado em lugares aonde nunca havia chegado. Está num bom caminho.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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