Por CBTM
Atleta, técnico e dirigente, mesatenista é um dos destaques da etapa de Manaus da Copa Brasil
Daniel Leal e Matheus Quelhas, de Manaus (AM) – 9/4/2015
Ao ir à mesa para a disputa da segunda etapa da Copa Brasil 2015, em Manaus (AM), Israel Barreto vê um cenário completamente diferente no tênis de mesa amazonense daquele quando deu as primeiras raquetadas, no início dos anos 90. O atleta, treinador e dirigente – é vice-presidente da federação estadual – despontou ao lado de Ligia Silva e Mario Costa na Vila Olímpica da cidade, numa época em que faltavam clubes e praticantes.
Hoje, quatro grandes equipes de Manaus são responsáveis por quase metade dos mais de 200 inscritos na Copa Brasil. O crescimento é uma motivação para Israel, aos 38 anos, seguir se dedicando à modalidade – inclusive, ainda brigando de igual para igual com a elite dos eventos nacionais. Confira a entrevista com o amazonense:
Na sua visão, o que mais mudou no tênis de mesa amazonense desde o seu início no esporte?
ISRAEL BARRETO: A Ligia, o Mario e eu somos ícones no tênis de mesa amazonense, mas muita coisa mudou. Hoje, temos mais clubes, não temos só a Vila Olímpica, que foi de onde viemos. Hoje, a federação trabalha para massificar o esporte, expandir para outros clubes. Não pretendemos ter mais três atletas no nosso patamar. Esperamos, cinco, dez, 20 atletas. É da quantidade que vamos tirar qualidade.
Quais os principais desafios para o tênis de mesa amazonense?
Estamos um pouco isolados do restante do país. A logística para as competições é sempre mais complicada, o custo é alto. Mas, mesmo assim, o tênis de mesa do Amazonas nunca parou, desde 1990. Estamos sempre entre os três melhores estados do Brasil.
E qual era o maio desafio para vocês três no início dessa trajetória?
Tínhamos de superar a questão geográfica. As passagens eram ainda mais caras. Não dava para viajar o tempo todo, minha família não tinha como me bancar. Apesar disso, fui o único atleta do Amazonas que sempre viajou. Passei por todos os clubes em São Paulo, nunca parei em Manaus. Isso só mudou depois que entrei na faculdade. Cheguei a ir para Espanha, Portugal. Fui para a China com a seleção. É uma prova de que, com determinação, é possível chegar.
Quais os próximos passos para o estado se manter entre os melhores?
Conseguimos esses quatro clubes e agora queremos olhar para o interior, para buscarmos mais adeptos ao tênis de mesa. É possível crescer mais ainda.
Já há algum tempo que você acumula alguns papéis. Hoje mesmo, estava como técnico minutos antes de jogar a final do Rating A. Como você lida com isso para desempenhar bem todas essas funções?
Quando começamos a fazer algo por amor, as coisas ficam mais fáceis. Esse lado multifunção veio naturalmente. Já tenho quase oito anos assim. É claro que cansa, estressa. Viajava com dez, 15 atletas sob minha responsabilidade. Nem eu tinha noção do quanto isso era importante. E ainda tinha eu jogar, ser treinador. Muitas vezes, me sentia muito só, mas valeu muito a pena.
E hoje, quais são seus planos?
Tenho me dedicado mais à minha carreira como professor de Educação Física. Sigo como treinador, num trabalho voltado para a formação de novos talentos. E, como atleta, atuo mais pontualmente, já sem objetivos de seleção brasileira, Olimpíada.
Copa Brasil Manaus
A etapa de Manaus da Copa Brasil começou nesta quinta-feira (9) e irá até domingo (12), na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira, com a presença de mais de 200 atletas olímpicos e paralímpicos.
Entre os destaques locais estão Amanda Marques, vice-campeã do Rating A na primeira etapa da Copa Brasil, em Piracicaba (SP), o pentacampeão brasileiro Israel Barreto e Suelen Ramos, cabeça de chave número um do Absoluto A feminino.
O evento contará ainda com importantes nomes do tênis de mesa nacional, como Humberto Manhani, campeão latino-americano por equipes com a seleção brasileira, no mês passado, e Henrique Narita, vencedor do Rating A na primeira etapa da Copa Brasil 2015, realizada em Piracicaba (SP).
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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