Por CBTM
Mesatenista brasileiro disputa o segundo Mundial individual da carreira em um novo patamar
Daniel Leal, de Suzhou (CHN) – 24/4/2015
Há dois anos, Hugo Calderano disputou o primeiro Campeonato Mundial individual da carreira em uma situação bem diferente da atual: aos 16 anos, ainda participava das primeiras competições adultas, era pouco conhecido pelos rivais e tinha como principal objetivo aprender. Agora, o brasileiro chega a Suzhou, na China, com a bagagem cheia de conquistas e a convicção de que pode surpreender no torneio, que terá início neste domingo (26).
Em 2013, Calderano foi a Paris, na França, como o 261º colocado do ranking mundial e teve de disputar o qualifying. Na fase de grupos, passou invicto, mas caiu diante do nigeriano Quadri Aruna na última rodada preliminar. A sorte, no entanto, estava ao seu lado: o africano acabou desclassificado e deu ao brasileiro a chance de jogar a chave principal.
“Em 2013, eu era o quarto da seleção, pelo ranking. Não estava há muitos anos na seleção, então foi uma experiência muito boa ter sido convocado. Aprendi muitas coisas só de ver os melhores do mundo competindo lá em Paris”, contou.
Na chave principal, caiu diante do japonês Kazuhiro Chan – na época, o 41º colocado do ranking mundial. O duelo equilibrado mostrou ao carioca que ele poderia, em pouco tempo, alcançar importantes resultados em competições adultas.
“Jogar a chave principal é uma outra experiência. Não era favorito, mas consegui passar pelo grupo. Eu joguei bem contra o Kazuhiro e tive a chance de empatar o jogo, perdendo o último set por 12/10. Isso me deixou mais chateado por um lado, mas por outro me deu a certeza de que poderia ir além da próxima vez”, afirmou.
Calderano acertou na previsão. Após o Mundial, conquistou seus principais resultados na carreira até aqui. No Aberto do Brasil daquele ano, tornou-se o mais jovem atleta a ser campeão de uma etapa do Circuito Mundial. Em 2014, foi ouro no Campeonato Latino-Americano – ele voltaria a repetir o feito em 2015 – e bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude, primeira medalha olímpica da história do tênis de mesa brasileiro.
Hoje, na 60ª posição do ranking, Calderano se vê em um outro patamar em relação à sua primeira participação em Mundiais. Não à toa, tem novos objetivos para o evento na China.
“Passados dois anos, vejo o quanto cresci tanto no jogo quando na maturidade, no psicológico. Nesse último Mundial, também tinha acabado de me recuperar da minha cirurgia, então não estava num ritmo de jogo muito bom. Apesar disso, consegui um bom resultado”, afirmou o brasileiro.
“Fui mais para aprender, conhecer, ver como é uma competição desse porte. Agora, vou para competir. Claro que sempre procuro aprender com os melhores, mas agora vou para competir. Sou um dos atletas que podem causar alguma surpresa. Não digo em termos de medalha, mas de brigar com os melhores”, completou.
Forte preparação
Calderano não teve descanso após encerrar sua primeira temporada na Liga Alemã, em que ajudou o Liebherr Ochsenhausen a terminar na quinta posição, brigando pelos playoffs até a última rodada.
“Como não tivemos jogos, os técnicos aproveitaram para intensificar os treinamentos. Passamos a treinar em três períodos e a fazer trabalho físico diariamente. Foram semanas puxadas, mas acho que o resultado foi positivo. Estou me sentindo bem preparado, sem dores ou lesões. Meu lado técnico também está bom”, avaliou.
Além de Calderano, a seleção brasileira terá outros seis representantes no Mundial de Suzhou: Lin Gui (130ª), Caroline Kumahara (143ª) e Ligia Silva (160ª), no feminino, e Gustavo Tsuboi (54º), Cazuo Matsumoto (107º) e Thiago Monteiro (156º).
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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