Notícia

Após cinco medalhas, técnicos destacam desempenho da seleção paralímpica na Eslovênia

Por CBTM

11/05/2015 20h31


Brasileiros conquistaram dois ouros, duas pratas e um bronze

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 11/5/2015

A seleção brasileira paralímpica confirmou a crescente evolução e obteve mais um grande resultado na Europa: foram cinco medalhas no Aberto da Eslovênia, torneio fator 40 – o mais alto do Circuito Mundial Paralímpico -, sendo duas de ouro, duas de prata e uma de bronze. Os técnicos José Ricardo Rizzone e Paulo Camargo fizeram questão de elogiar os comandados.

Entre os cadeirantes, o destaque ficou por conta de Catia Oliveira – atualmente 9ª no ranking mundial da classe 2. Na disputa de seu segundo torneio fator 40 com a seleção, ela levou o ouro por equipes ao lado de Carla Azevedo e ficou com o bronze no individual.

“O caminho está correto e acho que teremos grandes e boas surpresas com ela num futuro próximo”, decretou Rizzone.

No título do torneio por equipes, a seleção brasileira venceu Rússia/Jordânia (3 a 2), França (3 a 1), Irlanda/Sérvia (3 a 1) e Holanda/Israel (3 a 1). Catia superou as francesas Isabelle Lafaye (5ª) por 3 a 1 e Genevieve Clot (7ª) por 3 a 0 – na derrota para a russa Nadejda Pouchpacheva (3ª), placar apertado de 3 a 2.

“Ela esteve muito perto de vencer estas partidas. A Carla também foi bem, ficou uma dupla forte que garantiu vitórias”, completou Rizzone.

No bronze individual, Catia também encarou a russa, em outra derrota no detalhe por 3 a 2. Mas no caminho até o terceiro lugar do pódio ela superou a francesa Florence Sireau (8ª) por 3 a 1, a holandesa Femke Cobben (17ª) e a italiana Giada Rossi (10ª) por 3 a 1.

Seleção andante confirma favoritismo com Bruna Alexandre, mas também fortalece equipe

A terceira colocada no ranking mundial classe 10, Bruna Alexandre, faturou o ouro no torneio individual de sua classe, confirmando o favoritismo como cabeça de chave número 1 do torneio. 

“A Bruna saiu invicta e sem sofrer muita pressão. Jogou bem e um ponto importante da sua parte técnica é que jogou mais em cima, sem se afastar da mesa e dar chances para as adversárias. A postura é importante para seu futuro no esporte paralimpico diante das atletas acima no ranking mundial”, elogiou.

Para Paulo Camargo, o bom desempenho de Danielle Rauen (7ª no ranking mundial classe 9) e Jennyfer Parinos (9ª) também merece destaque.

“Além da vitória da Bruna na classe 10, o melhor resultado sem dúvida foi a excelente campanha das meninas da classe 9”, declarou Camargo.

Na disputa por equipes, as três atuaram juntas na classe 10 – Bruna, Danielle e Jennyfer ficaram com a prata após derrota apertada para a Turquia na final: 3 a 2. No individual, Parinos caiu nas quartas de final, mas antes venceu a holandesa Danielle De Jong (10ª).

Danielle Rauen conquistou a prata no torneio individual da classe 8/9 e recebeu elogios pelo caminho percorrido.

“Ela venceu a forte atleta da Noruega Aida Dahlen (2ª do ranking mundial classe 8, na fase de grupos). Foi uma vitória brilhante, com boas trocas de bola, sempre em vantagem no placar. Na semifinal, a Dani ganhou da polonesa Malgorzata Jankowska (3ª na classe 8), também sem dar chances”, apontou o treinador.

Na grande final, Rauen sucumbiu diante da também polonesa Karolina Pek (5ª na classe 9) por 3 a 0 (12/10, 11/5 e 11/9) – nada que abalasse a confiança no trabalho bem feito.

“Na final ela sentiu o desgaste da sequência de jogos, mas conseguimos avançar muito com as meninas, tiramos uma grande diferença num curto espaço de tempo”, destacou Camargo, antes de projetar os próximos objetivos.

“Agora os desafios são ainda maiores: manter as performances positivas e a médio e longo prazo vencer as fortes da classe 10 nas provas por equipes, além de chegar no top 5 do ranking mundial. Tarefa difícil, mas acreditamos”, concluiu.

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