Notícia

LÁ FORA: Fundação inglesa cria mesa própria para o tratamento do Alzheimer

Por CBTM

23/06/2015 20h45


Prática do tênis de mesa é alternativa livre de medicamentos para o combate à doença

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 23/6/2015

Utilizado há anos no tratamento do Mal de Alzheimer, o tênis de mesa poderá se tornar ainda mais importante neste papel. A Fundação Bounce para Tratamento do Alzheimer (BAT, em inglês) desenvolveu uma mesa adaptada para a prática esportiva dos portadores da doença.

O Mal de Alzheimer é uma enfermidade neurodegenerativa de causa desconhecida. O progresso da doença, que, em sua maioria, atinge pessoas idosas, leva a perdas de funções cognitivas, como memória, orientação, atenção e linguagem.

Criada este ano com o apoio de quatro atletas – o escocês Gavin Rumgay e os ingleses Kelly Sibley, Andrew Baggaley e Darius Knight –, a BAT promove eventos de tênis de mesa no Reino Unido para incentivar a prática do tênis de mesa como uma alternativa livre de medicamentos no tratamento do Alzheimer.

O diretor criativo da fundação, Ian Craigton-Chambers, foi o idealista da nova mesa, desenvolvida em parceria com a Butterfly.

“Nos estágios iniciais da doença, há uma perda de percepção visual de perspectiva, contraste e cor. Desenvolvemos a mesa para frear essas perdas”, explicou.

A mesa foi projetada pelo designer norte-americano Marco Santini com outro objetivo: ser um ambiente confortável para os praticantes, de forma a estimulá-los a jogarem.

“Os resultados iniciais mostraram que os painéis laterais deram aos jogadores uma ótima sensação de segurança e controle, que poderão ajudar consideravelmente a resposta deles ao tratamento”, completou Craigton-Chambers.

Inspiração cinematográfica

Um estudo realizado no Japão em 1997 demonstrou uma relação entre a prática do tênis de mesa e o aumento das funções cerebrais. No entanto, a inspiração para a criação a BAT veio do cinema: em 2012, o documentário “Ping Pong” contou oito atletas que disputaram em 2010 o Campeonato Mundial de Veteranos. Entre eles, estava a alemã Inge Hermann, que sofria de demência.

“O desenvolvimento dela com o tênis de mesa nos fez querer produzir um estudo original que olhasse o que acontece no cérebro. Acreditamos que a modalidade pode ter um impacto crítio positivo, retardando os efeitos da demência. Queremos provar que uma terapia livre de medicamentos pode ser uma forma de combater essa doença devastadora”, disse Andrew Battley, diretor de Pesquisa e Treinamento da BAT.

A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.

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