Por CBTM
Em 1999, cearense foi bronze por equipes, mas teve de deixar o Canadá antes da premiação para jogar o Mundial, que havia sido adiado devido a bombardeio
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 25/6/2015
A primeira experiência em Jogos Pan-Americanos foi marcante para Thiago Monteiro: se, por um lado, ele de cara conquistou uma medalha, por outro, devido a uma guerra, teve de deixar Winnipeg, no Canadá, sem recebê-la. Mas engana-se quem pensa que o fato foi motivo de lamentação para o cearense. Pelo contrário: virou motivação para voltar ao evento continental e, enfim, subir ao pódio.
Em 1999, Thiago tinha 18 anos, caminhava para se firmar na seleção e via o Pan como a oportunidade perfeita para tal. Dito e feito: com um grande desempenho, o brasileiro conquistou o bronze por equipes ao lado de Hugo Hoyama e Carlos Kawai
“Aquele ano foi decisivo para que eu me firmasse na seleção. Fomos para o Pan e tivemos um grande resultado. Mas aí teve a questão do pódio”, contou Thiago.
O Campeonato Mundial de tênis de mesa de 1999 seria disputado no fim de abril, em Belgrado, na então Iugoslávia. Em março, em meio à Guerra do Kosovo, o país foi alvo de uma operação militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Por conta do bombardeio, a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) teve de buscar uma nova sede para a competição.
Eindhoven, na Holanda, se candidatou a receber o Mundial. No entanto, o calendário inicial não teria como ser mantido, sendo transferido para 2 a 8 de agosto – justamente no meio do Pan de Winnipeg.
“Assim que terminamos nossa participação, tivemos de sair do Canadá para jogar o Mundial da Holanda. Como a organização deixou para fazer a entrega de medalhas no último dia de competição, acabou que não ficamos para o pódio”, disse Thiago, que esperou semanas para poder, enfim, tocar a medalha que conquistara.
“No meu primeiro Pan, ficou aquela coisa de não ter ido ao pódio, que é um momento de celebrar com os atletas aquela conquista. Só recebi a medalha depois, já no Brasil”, afirmou.
O fato, no entanto, não é lembrado com tristeza por Thiago. Na verdade, motivou-o a buscar novas medalhas em Pan-Americanos. Deu certo: desde então, foram mais cinco, sendo três ouros, uma prata e um bronze.
“Por outro lado, teve aquele sentimento de que tinha de voltar a um Pan para subir de fato no pódio. Ficou aquela sensação de que faltou alguma coisa”, contou.
De 19 a 25 de julho, Thiago terá mais uma oportunidade de brilhar no Pan. Ao lado de Gustavo Tsuboi e Hugo Calderano, ele formará a seleção masculina que irá a Toronto, no Canadá. A equipe feminina terá Lin Gui, Caroline Kumahara e Ligia Silva.
“Espero viver mais histórias boas e felizes agora em Toronto”, concluiu o cearense.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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