Notícia

Lenda do tênis de mesa brasileiro, Biriba completa 70 anos

Por CBTM

26/06/2015 15h35


Paulista chocou o mundo em 1961 ao vencer o atual campeão mundial na sua casa

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 26/6/2015

Uma lenda do tênis de mesa brasileiro completa 70 anos nesta sexta-feira (26): Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, teve uma carreira curta, mas meteórica, atingindo feitos até hoje nunca igualados. Não à toa, chegou a dividir as atenções do esporte nacional com ícones como Pelé e a ex-tenista Maria Esther Bueno. Mesmo distante das competições, sua relação com o tênis de mesa segue viva, movida pela paixão que guarda pela modalidade.

Biriba começou a brilhar logo aos 11 anos, quando conquistou seu primeiro título sul-americano. No entanto, os olhos do mundo se abriram para ele em 1958. Em meio às comemorações dos 50 anos da imigração japonesa no Brasil, dois bicampeões mundiais, Ichiro Ogimura (1954 e 1956) e Toshiaki Tanaka (1955 e 1957), vieram ao país para uma série de exibições. Do outro lado da mesa, estava o jovem prodígio do tênis de mesa brasileiro, que surpreendeu a todos.

“Joguei a primeira contra o Tanaka e perdi, mas a partir do segundo jogo fui para cima dele (risos). Foi coisa de garoto, que não tem noção de nada. Eles ficaram no Brasil cerca de um mês e eu joguei contra os dois em Santos, São José dos Campos, Marília e em outras cidades. Contra o Tanaka foram sete jogos, com quatro vitórias e três derrotas. Contra o Ogimura, que foi um dos maiores de todos os tempos, joguei cinco vezes, sendo quatro derrotas e uma vitória. Mas todas que perdi foram no tie-break, hein (risos)”, contou Biriba, em entrevista recente ao site da CBTM.

Três anos depois, o brasileiro voltou a aprontar. Durante o Mundial de 1961, em Pequim, derrotou o então campeão Rong Guotan, em sua casa, provocando aquela que, até hoje, é considerada uma das maiores surpresas na história da competição.

“No dia anterior, ele tinha sido campeão mundial por equipes com a China e foi o primeiro título mundial do país. Depois que ganhei dele, chegou um telegrama do Jânio Quadros (então Presidente da República) lá no meu hotel, me parabenizando”, lembrou.

Naquela mesma edição, Biriba conquistou o melhor resultado individual da história do Brasil em um Mundial de tênis de mesa. Aos 15 anos, chegou às oitavas de final, feito que só foi repetido por Claudio Kano em 1987, na competição realizada em Nova Délhi, na Índia.

Biriba ainda guarda boas lembranças de outros dois Mundiais.

“Em Dortmund (na Alemanha, 1959), ficamos em sexto por equipes e eu ainda tinha 13 anos. Venci o (Radu) Negulesco, que era a sensação do torneio por ter vencido o campeão europeu (Benczik) e o vice (Sido). Ele tinha 2m de altura, eu tinha um 1,5m (risos).  O Benczik depois foi técnico da Hungria, uma das primeiras seleções a bater a China, na década de 70. Em 1963 (em Praga, na então Tchecoslováquia), foi quando surgiu a técnica do top spin, que revolucionou completamente o esporte. Mesmo sem nunca ter ouvido falar daquilo, somente observando, eu fiquei no top 32 e só perdi para o terceiro melhor do mundo, o chinês Chou Lan-Sun”, disse.

O brasileiro disputou seu último Mundial em Praga, aos 17 anos, mas seguiu competindo até os 21. Foi quando decidiu deixar a raquete de lado para se dedicar aos estudos.

“Parei por vários motivos, até alguns de ordem pessoal, mas um deles era não ter o intercâmbio necessário. Além disso, na época, o tênis de mesa era por amor à arte mesmo, não dava para sobreviver, a questão não era nem ficar rico. Então, eu tive que trabalhar. Estudei, me formei em Economia e Contabilidade. Agora, já estou me aposentando, sou concursado da Secretaria da Fazenda”, afirmou.

Mais tarde, Biriba voltou às competições nacionais entre veteranos, mostrando que seguia um craque da modalidade. Após 14 anos de invencibilidade, decidiu se afastar em definitivo dos torneios em 2010. No entanto, até hoje pratica semanalmente a modalidade no Palmeiras (SP). Mesmo por lazer, ainda consegue encantar quem o vê à mesa.

A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.

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