Notícia

ENTREVISTA DA SEMANA: François Ducasse destaca evolução psicológica da seleção

Por CBTM

29/06/2015 21h07


Especialista francês acompanhou os atletas durante o período de treinamentos em São Caetano

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 29/6/2015

A seleção brasileira contou mais uma vez com um importante reforço na preparação para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. A cerca de três semanas do início das disputas do tênis de mesa, os atletas tiveram a oportunidade de reencontrar François Ducasse, consultor internacional especializado em psicologia do esporte que há três anos atua com a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM). Após intensos dias de trabalho durante o período de treinamentos em São Caetano do Sul (SP), o francês elogiou a evolução dos jogadores. Confira a entrevista:

Como tem sido a experiência de trabalhar com os brasileiros?
Eles são muito diferentes entre si, em termos de personalidade, competitividade etc. Mas são brasileiros, o que, para um cara francês como eu, é ótimo. São calorosos, fáceis de se trabalhar

É possível dizer que houve um desenvolvimento sensível por parte dos atletas?
Definitivamente, todos cresceram, mas meu negócio é muito difícil de se avaliar. Nunca poderia dizer que houve um percentual, seria sem noção.

Qual é o foco do seu trabalho com eles?
Não diria que estão mais confiantes, pois não vejo as coisas dessa forma. Meu foco está mais em disciplina.  Claro que quando você tem confiança é fantástico, faz as coisas ficarem mais fáceis. Mas às vezes simplesmente ela não está lá, como em alguns jogos duros. Meu foco está em fechar as portas para tudo o que pode atrapalhar sua performance

Algum ponto em comum foi trabalhado com todos os atletas?
O ponto comum do trabalho entre os atletas é a competição. É a mais importante da temporada. Mas isso é trabalhado de forma diferente para cada um, tenho de respeitar cada um. Alguns falam mais; outros, menos. Dá para ir mais profundamente com alguns.

Como você mesmo disse, é um trabalho difícil de ser avaliado. Quando você percebe que houve uma evolução?
A arte do que faço é entender como trabalhar com cada um. Há um ponto em que você “aperta o botão” certo do atleta. Quando isso acontece, o jogador sente que chegamos ao ponto desejado e tudo fica mais claro para eles. O segredo é fazer as coisas de forma simples para chegar lá.

A seleção feminina vive um grande momento e tentará conquistar em Toronto o seu primeiro título individual em Jogos Pan-Americanos. Houve algum trabalho específico para elas?
Tivemos um workshop com elas em que tentamos vencer a batalha dessa pressão. Essa é uma palavra pesada, que te domina. Temos de antecipar e colocar palavras que não as perturbem, não as faça perder a concentração. Mas elas conhecem a música agora, sabem como devem ou não reagir. E, para mim, essa pressão sobre elas é uma boa notícia. Não é algo negativo. Elas são profissionais de ponta e isso mostra que vivem um grande momento. Nosso desafio é transformar pressão em ação. Fazer com que elas tenham as condições de seguir o plano de jogo.

Muito se fala da força mental do Hugo Calderano. Como você vê essa questão?
Ele é muito especial. O Hugo está onde você não está esperando. É surpreendente com sua inteligência, quando fala, não só como joga. Quando se está diante dele, há o sentimento de que ele é diferente. E ele tem uma personalidade forte e muito caráter.

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