Por CBTM
Siddharta Almeida, 22 anos mais novo, abre 2 a 0, mas título fica com o pentacampeão brasileiro
Daniel Leal e Matheus Quelhas, de Maceió (AL) – 2/7/2015
A final do Rating A masculino da terceira etapa da Copa Brasil 2015, no Colégio Santa Úrsula, em Maceió (AL), reuniu nesta quinta-feira (2) um duelo de gerações do tênis de mesa amazonense: o experiente Israel Barreto (APCEF Manaus-AM) derrotou o pupilo Siddharta Almeida (Associação Esportiva Lassalista-AM), de virada, por 3 sets a 2 (8/11, 6/11, 13/11, 11/9 e 11/5) e ficou com o título. Vinicius Correia (Santo André/ADSA/Xiom-SP) e Adilson Toledo (Associação Nova Era-SP) levaram o bronze.
Pentacampeão brasileiro, Israel, 38 anos, acompanhou o início da carreira de Siddharta, 16, em Manaus (AM), e foi seu treinador até a mudança do jovem atleta para Santos (SP). Hoje, acredita que a promessa está no caminho certo para brilhar.
“Quando ele começou, aos 11 anos, já tinha talento. Quando ele e a família se mudaram para Santos, apoiei a decisão, disse como funcionariam as coisas. Ele tem crescido muito e está no caminho certo, tenho falado isso para ele. Espero que possa chegar aonde quer”, afirmou Israel.
A admiração é recíproca. Disputando pela primeira vez o Rating A, Siddharta reconheceu que seu maior desafio na partida foi manter-se mentalmente forte diante de uma das suas referências como jogador.
“Era um desafio bem mental para me colocar diante dele como um atleta do mesmo nível. É um choque. Ele começou me dando treino, como um dos principais atletas do país, uma inspiração para mim. Foi uma luta mental, de acreditar que poderia ganhar”, disse.
Siddharta começou bem a partida e abriu 2 sets a 0. Na terceira parcial, teve chances de fechar o jogo, mas não aproveitou. Israel cresceu na mesa e virou o placar, levando o título.
“Fico um pouco incomodado quando enfrento alguém do meu estado, não me sinto bem. Então, até começar a jogar, entender melhor o jogo e pegar o ritmo, levo um tempo”, analisou Israel, destacando o ponto chave da partida.
“Ele teve uma oportunidade. Disse a ele depois do jogo que deveria ter seguido contra-atacando. Ele parou e me deu uma chance. Ele jogou muito bem. Tive de me impor, ser mais agressivo para conseguir essa vitória”, completou.
Apesar do revés, Siddharta não demonstrou abatimento: sabe o que deve trabalhar para não desperdiçar outras oportunidades como esta no futuro.
“Faltou maturidade no jogo. Tive chances, desperdicei algumas oportunidades. Ele é muito experiente, de muita qualidade. Suportou a pressão de enfrentar alguém mais novo. Nos pontos decisivos, a maturidade pesa muito”, avaliou.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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