Por CBTM
Atual técnico da seleção, cubano Francisco Arado recorda conquista em Winnipeg há 16 anos
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 14/7/2015
Em matéria de tênis de mesa nos Jogos Pan-Americanos, é impossível não se lembrar da lenda Hugo Hoyama, dono de 15 medalhas na competição. Mas, além dele, a seleção brasileira conta com outra figura fora da mesa que vem ajudando muito na preparação para a edição deste ano, em Toronto, no Canadá: o ex-jogador e atual técnico cubano Francisco Arado, único medalhista individual masculino de seu país na competição.
O feito – uma medalha de bronze – foi atingido no mesmo país sede dos Jogos em 2015: o Canadá, que em 1999 recebeu o Pan-Americano na cidade de Winnipeg.
“Cuba tem uma tradição em Jogos Pan-Americanos, então sempre vamos buscando medalhas”, explicou Arado, mais conhecido como Paco. Quatro anos antes, ele havia conquistado a prata nas duplas mistas, ao lado de Madeleine Armas, mas a consagração veio na sequência.
“Cheguei bem mais maduro em 1999. No torneio por equipes, ficamos empatados no grupo e não conseguimos passar. No individual, passei em primeiro no meu grupo, ganhei todos os jogos. Nas oitavas e nas quartas de final, acabei enfrentando dois americanos e venci, tendo enfrentado eles pela primeira vez em Winnipeg”, recordou.
E para quem se pergunta se as tensões entre Cuba e Estados Unidos entravam na esfera esportiva, Paco não nega, mas explica que não da mesma forma.
“Não tinha tanta rivalidade em termos políticos, mas principalmente porque Cuba e Estados Unidos disputavam o primeiro lugar geral no quadro de medalhas”. Naquela edição, os norte-americanos levaram a melhor com a ilha caribenha vindo logo atrás.
Curiosamente, o carrasco de Arado na semifinal do torneio foi o mesmo de um atual colega de trabalho, ninguém menos do que Hugo Hoyama.
“Na semifinal, perdi para o (argentino) Liu Song, que havia eliminado o Hugo Hoyama nas oitavas de final, mas fiquei com o bronze, o que era algo inédito para Cuba”, declarou, ressaltando a marca que perdura até hoje.
“A maior lembrança que eu tenho é o Renie (Sanchez, companheiro de equipe) e meu primo (Rubén Arado, mesatenista) pulando e vindo me abraçar, correndo, porque era uma coisa inédita, mas no momento acho que nem pensei muito nisso”, contou.
Atualmente, Paco, que já deixou as mesas por três anos e atua como técnico em São Caetano do Sul (SP) e na seleção brasileira, só quer ajudar o país onde escolheu viver a se sair cada vez melhor na modalidade.
“Olhando pra trás, hoje eu acho que valeu a pena todo o esforço que fiz como atleta. E, sinceramente, gostaria de passar todo o conhecimento que eu tenho para os novos jogadores. Agora eles são as estrelas, a gente só ajuda”, afirmou o humilde Paco, com a voz calma que os atletas conhecem bem.
Em São Caetano, o cubano trabalha diariamente com Caroline Kumahara, uma das representantes do Brasil em Toronto. Ela, ao lado de Lin Gui e Ligia Silva, buscará um ouro feminino inédito para o país em Jogos Pan-Americanos.
“Todos estão treinando muito bem e acredito muito que podemos ir longe, mas sem muita ansiedade. Na competição tem que ser ponto a ponto, jogo a jogo”, destacou, confiante e cauteloso ao mesmo tempo.
As disputas de tênis de mesa, que terão torneios individuais e por equipes, começarão no próximo domingo (19) e irão até o dia 25. A competição é a mais importante da temporada, já que classificará os campeões individuais para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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