Por CBTM
Gustavo Tsuboi, Hugo Calderano, Thiago Monteiro, Lin Gui, Caroline Kumahara e Ligia Silva serão os representantes brasileiros no Pan
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 15/7/2015
A seleção brasileira de tênis de mesa embarca na noite desta quarta-feira (15) para Toronto, no Canadá, onde disputará a partir de domingo (19) os Jogos Pan-Americanos. Gustavo Tsuboi, Hugo Calderano, Thiago Monteiro, Lin Gui, Caroline Kumahara e Ligia Silva viajam em busca de medalhas, vagas nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e o fim de escritas históricas.
O Pan é o principal compromisso da seleção na temporada, já que premiará os campeões individuais com duas vagas olímpicas. Será a primeira oportunidade de classificação para os brasileiros, que, por sediarem a competição, já estão garantidos nas disputas por equipes em ambos os naipes.
No masculino, Tsuboi (55º colocado do ranking mundial), Calderano (76º) e Thiago (141º) tentarão colocar fim ao jejum de 20 anos nas disputas individuais. O último medalhista de ouro brasileiro foi Hugo Hoyama, atual técnico da seleção feminina, na edição de 1995, em Mar del Plata, na Argentina.
Os brasileiros estão entre os quatro primeiros cabeças de chave da competição – o intruso é o canadense Eugene Wang, 58º no ranking mundial.
“Estamos no caminho certo, com boas expectativas. Mas nunca é fácil aqui na América Latina, apesar de estarmos sempre vencendo. Entramos como favoritos, então os outros não tem muito o que perder, jogam muito relaxados. É um pouco desconfortável para nós, mas, como já passamos por isso diversas vezes, temos experiência para controlar a situação. É notório que o nível do continente evoluiu de uma forma geral”, avaliou Tsuboi, em sintonia com Calderano.
“Estou muito focado. É a principal competição do ano, com certeza. Eu vou para buscar medalhas, mas é o meu primeiro Pan. Há uma certa pressão por sermos brasileiros e teoricamente favoritos, mas temos que deixar isso de lado”, completou o caçula da equipe, com 19 anos.
Nas disputas por equipes, a seleção tentará levar o sétimo título – o ouro não veio apenas nas edições de 1979 e 1999.
“A força dessa equipe é que temos três atletas de estilos diferentes. E qualquer um dos três pode formar uma dupla competitiva. Contra os principais adversários, dá para escalar de acordo com as necessidades. Temos uma margem de manobra no caso de alguém não estar num dia legal. E sabemos da importância desse Pan para o Brasil. Já estamos com ele na cabeça há muito tempo, pensando nisso. Todos querem ir bem, estão cientes da responsabilidade”, disse Thiago.
Lin Gui (129ª), Carol (154ª) e Ligia (178ª) brigarão pelo primeiro ouro feminino na história do Pan. As mulheres conquistaram duas medalhas na competição, ambas de bronze, nas disputas por equipes de 1991 e 1999.
“Para chegarmos ao nosso objetivo, que é voltar ao pódio, temos de seguir o que planejamos. Essa reta final ajudou muito para podermos ir jogo a jogo, ponto a ponto. Sempre digo a elas que temos capacidade para isso, basta entrarem concentradas e focadas. Espero também poder ajudar com a minha experiência”, projetou o técnico Hoyama.
As brasileiras terão duras adversárias pelo caminho. A norte-americana Lily Zhang (94ª) é a cabeça de chave número um, seguida da canadense Mo Zhang (102ª). Lin Gui vem logo depois, à frente da mexicana Yadira Silva (152ª). Carol e Ligia completam o grupo das seis principais favoritas.
Rumo ao segundo Pan, Carol se vê pronta para a competição.
“Jogarei melhor e terei mais responsabilidade do que em 2011. Você tenta não pensar, tirar o peso dos ombros, mas é inevitável. Agora, algumas jogadoras vão soltar o braço contra mim, na posição em que eu estava há quatro anos. Terei momentos difíceis, em que precisarei controlar o foco, a calma, o nervosismo. Mas acho que poderemos desfrutar muito, vamos nos divertir jogando”, afirmou.
As disputas do tênis de mesa terão início no domingo, com os torneios por equipes, e irão até terça-feira (21). As disputas individuais acontecerão de quarta (22) a sexta (25).
O PAN EM NÚMEROS
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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