Por CBTM
Brasileira derrota primeira cabeça de chave em jogo emocionante e disputará o ouro contra norte-americana
Daniel Leal, de Toronto (CAN) – 25/7/2015
Lin Gui (129ª colocada do ranking mundial) é a primeira finalista brasileira da história no torneio individual feminino de tênis de mesa dos Jogos Pan-Americanos. Neste sábado (25), em Toronto, no Canadá, a atleta de 21 anos superou na semifinal a norte-americana Lily Zhang (94ª), cabeça de chave número um da competição, por 4 sets a 3 (8/11, 11/8, 12/10, 11/5, 11/13, 2/11 e 11/7) e avançou à inédita decisão.
“Estou aqui para jogar e vejo que as pessoas estão desfrutando. Queria fazer o melhor jogo possível e as coisas foram indo. Tem sido assim em todo o torneio. Quero ter o prazer de lutar, de enfrentar o desafio, ser mais forte nas dificuldades. Estava me divertindo, aproveitando o jogo. Espero continuar assim”, afirmou Lin Gui, logo após a conquista da vaga.
O Brasil teve outra representante nas semifinais: Caroline Kumahara (141ª), no entanto, acabou superada por 4 a 0 (11/3, 11/4, 11/8 e 11/7) pela também norte-americana Wu Yue e ficou com o bronze. A decisão está marcada para as 19h (de Brasília) deste sábado.
Até então, o Brasil havia conquistado apenas três pódios no tênis de mesa feminino em Pan-Americanos, todos por equipes. Além da prata em Toronto, a seleção foi bronze em Havana/1991 e Winnipeg/1999.
O Brasil tem outras três medalhas garantidas no individual: no masculino, Gustavo Tsuboi (55º) e Thiago Monteiro (141º) se enfrentam em uma semifinal; na outra, Hugo Calderano (76º) disputará a vaga na decisão com o canadense Eugene Wang (58º). No torneio por equipes, o país já havia conquistado um ouro, entre os homens, e uma prata, no feminino.
Superação na reta final
Para Lin Gui, o ponto chave na sua vitória foi a recuperação psicológica após desperdiçar um match point no terceiro set, quando vencia por 3 a 1.
“Foi muito difícil me recuperar. Ela entrou muito firme no sexto set, comecei muito mal. Às vezes, há situações em que é preciso chegar ao último set para pensar: ‘vou soltar o braço, não tenho nada a perder’. Felizmente, deu tudo certo”, analisou.
O técnico Hugo Hoyama destacou a importância da contínua experiência internacional das suas comandadas para reagir nos momentos decisivos.
“Mesmo estando atrás no último set, ela usou a experiência. Estamos sempre nos eventos internacionais, jogando o ano todo fora. As americanas competem muito pouco, acabam sentindo mais nos momentos decisivos. A Lin conseguiu ter tranquilidade para colocar as bolas na mesa e forçar o erro da Lily”, afirmou.
Antes da final, Lin Gui irá conversar com Carol para saber mais sobre o jogo de Wu Yue, adversária na decisão.
“A Carol já tinha me ajudado com a Lily, elas tinham se enfrentado aqui nas equipes. Sempre conversamos para nos apoiar, isso é muito bom. Com certeza, ela poderá me ajudar”, disse.
As duas brasileiras fizeram uma grande campanha no individual, chegando invictas até as semifinais. Pela fase de grupos, Lin Gui passou por Camilla Argueles (350ª), da Argentina, Alicia Cote (582ª), do Canadá, e Angela Mori (396ª), do Peru. A norte-americana Zheng Jiaqi foi sua vítima nas oitavas, superada por 4 a 2 após uma grande exibição da brasileira.
Já Carol derrotou a venezuelana Roxy González (416ª), a porto-riquenha Carelyn Cordero (327ª) e Zheng Jiaqi na etapa de grupos. Pelas oitavas, a brasileira venceu uma batalha de sete sets contra a colombiana Paula Medina (237ª).
Nas quartas, ambas passaram por rivais canadenses: Lin Gui fez 4 a 2 em Luo Anqi (234ª), enquanto Carol bateu a segunda cabeça de chave, Zhang Mo (102ª), por 4 a 1.
“Nas quartas, apesar da pressão e de ela ser uma jogadora muito forte, consegui impor minhas bolas e incomodar. Fiz com que ela perdesse confiança. Nas semi, a Wu certamente estudou muito meu jogo, conseguiu colocar as bolas onde eu não gosto. Mas estou feliz. Sabíamos que seria muito difícil buscar medalhas no individual e ainda caí numa chave dura”, disse Carol.
Terceira representante brasileira na competição, Ligia Silva (178ª) foi eliminada nas oitavas de final pela colombiana Lady Ruano, na sexta-feira (24).
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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