Por CBTM
Pais e irmão do mesatenista de 23 anos estão em Toronto para reforçar a torcida pelo sonhado ouro
Daniel Leal, em Toronto (CAN) – 8/8/2015
O nervosismo natural pela estreia nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá, não foi um problema para Luiz Filipe Manara graças a um reforço na arquibancada. Palavras de apoio e até mesmo olhares de seus familiares antes e depois dos jogos ajudaram o mesatenista de 23 anos a conquistar neste sábado (8) duas vitórias, levar a liderança de seu grupo e avançar às semifinais do torneio individual da Classe 8, garantindo ao menos o bronze.
A mãe Eliana, o pai Luiz Carlos e o irmão Luiz Carlos Júnior acompanham Manara pela primeira vez em um evento internacional. Presente à maioria dos eventos nacionais, a família decidiu embarcar rumo ao Canadá para ajudá-lo no principal objetivo da temporada: em sua primeira participação em Parapan-Americanos, levar o ouro individual e garantir presença nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
“Como eles vão muito aos eventos nacionais, estou acostumado com a presença deles. Mas, como a pressão aqui é grande, ter a família por perto ajuda a lidar com isso, manter a calma nos momentos importantes. Conversar antes dos jogos dá tranquilidade para ir à mesa”, disse o paulista, que também elegeu a seleção como a sua segunda família.
“Com meus pais e meu irmão, tem um peso a mais, pois dedicaram a vida para que eu pudesse estar aqui. Mas a seleção em si é uma família, vivemos juntos e nos apoiamos muito”, emendou.
Para a mãe Eliana, ver o filho em busca de seu grande sonho é motivo de grande emoção.
“A ansiedade era bem grande. Ver o Luiz Filipe jogando é muito emocionante, um sentimento indescritível. Estar aqui é uma delícia. Estamos todos na torcida para que ele consiga esse objetivo pelo qual vem lutando tanto, que é a vaga em 2016”, afirmou.
O apoio deu certo no primeiro dia de disputas. Manara estreou com vitória por 3 sets a 0 (11/5, 11/6 e 11/7) sobre o argentino Pablo Kroztch. À tarde, o brasileiro derrotou o chileno Ruperto Cortes também por 3 a 0, parciais de 11/6, 11/2 e 11/5.
“Consegui impor meu jogo, fazer aquilo o que pretendia. Errei pouco, o que é bom para dar confiança. Quando tiver os jogos mais complicados, espero conseguir executar com qualidade o que for combinado”, projetou.
Manara aguarda os jogos de domingo (9) para conhecer seu adversário nas semifinais, marcadas para segunda-feira (10), quando também será disputada a decisão.
Mais duas medalhas garantidas
Na Classe 3, Welder Knaf e David Freitas venceram seus dois jogos – o primeiro já está na semifinal e levará ao menos o bronze, enquanto o segundo terá de passar pelas quartas. Já Jorcerley Moreira foi superado no único jogo que fez, mas segue na briga para se classificar.
Pelo Grupo B, Welder, bronze individual no Parapan de Guadalajara, em 2011, conseguiu duas vitórias por 3 a 0, diante do canadense Asad Murtaza (11/7, 11/6 e 11/7) e do chileno Alfonso Ángel (11/4, 11/1 e 11/2). Por ser o segundo cabeça de chave da competição, já avançou às semis.
No C, David, prata há quatro anos, estreou com um 3 a 0 (11/5, 11/5 e 11/2) sobre o canadense Steven Dunn. Na sequência, uma partida dura contra o costarriquenho Geovanni Rodríguez, que terminou com triunfo brasileiro por 3 a 2, parciais de 11/5, 7/11, 11/8, 6/11 e 11/9.
Já Jorcerley não resistiu ao principal favorito no Grupo A. Fez um duelo equilibrado com o argentino Gabriel Copola, mas acabou derrotado por 3 a 1 (11/5, 11/9, 8/11 e 11/5). O goiano enfrentará neste domingo, às 13h40 (de Brasília), o norte-americano Jenson van Emburgh, precisando da vitória para ir às quartas.
Atual bicampeão parapan-americano, Claudiomiro Segatto também já tem uma medalha garantida na Classe 5. Neste sábado, o paranaense venceu seus dois jogos pelo Grupo A – 3 a 1 (11/7, 6/11, 11/8 e 11/6) no argentino Elias Romero e 3 a 0 (11/2, 11/7 e 11/6) no canadense Muhammad Mudassar – e avançou às semifinais, marcadas para segunda-feira (10).
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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