Por CBTM
Invicta, catarinense de 17 anos conquista título na Classe 9/10 e garante vaga no Rio 2016. Jennyfer Parinos completa dobradinha com a prata
Daniel Leal, em Toronto (CAN) – 9/8/2015
Caçula da seleção brasileira de tênis de mesa que disputa os Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá, Danielle Rauen demonstrou neste domingo (9) que, apesar de jovem, tem muita maturidade. Ao conquistar o ouro individual na Classe 9/10, a mesatenista de 17 anos deixou claro que tanto na mesa, resistindo aos momentos de pressão, como fora dela, ao encarar a distância da família pelo sonho da modalidade, está pronta para buscar voos ainda mais altos.
O título, que rendeu à campeã a vaga nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, foi conquistado de forma inédita, sem perder sequer um set. Após derrotar na véspera a compatriota Jennyfer Parinos, que ficou com a prata, e a chilena Francisca Araya, Dani confirmou o ouro ao bater neste domingo a argentina Analía Longhi por 3 a 0, parciais de 11/7, 11/2 e 11/6.
Jennyfer completou a dobradinha brasileira com a vitória também em sets diretos (11/6, 11/9 e 11/7) sobre a chilena Araya. A única derrota da paulista foi justamente para a campeã, ainda na primeira rodada.
Logo após a conquista, Dani, ainda emocionada, destacou o trabalho realizado pela seleção permanente em Piraricaba (SP).
“Esperei muito tempo por isso. Vou agora com tudo para 2016. De tanto que lutei para chegar aqui, tudo valeu a pena”, afirmou.
Para o técnico Paulo Camargo, a conquista da caçula motivará ainda mais os companheiros de seleção nos próximos jogos decisivos.
“Já começamos com o pé direito. Isso vai servir de impulso para que os outros também busquem grandes resultados. Dá confiança. A seleção andante é uma família que está dando certo. Esse apoio faz diferença nos momentos decisivos. Sei que essa medalha tem um sabor muito especial para ela”, disse o treinador.
Superação dentro e fora da mesa
Apesar da postura madura à mesa, Dani ainda escreve o começo de sua história no tênis de mesa paralímpico. No início de 2014, aos 16 anos, deixou Santa Catarina para se juntar à seleção permanente em Piracicaba (SP). No início, teve de encarar a distância da família e o desafio de morar sozinha em meio a uma nova rotina de treinamentos.
“Minha família fez muita falta durante todo esse período em que me preparei para vir para cá. Mas estamos sempre nos falando e o apoio deles é fundamental”, afirmou.
A maturidade de Dani também está na forma como lida com a com artrite reumatoide, doença degenerativa incurável que atrofia os músculos e afeta as articulações. Diagnosticada aos quatro anos, a catarinense faz do tênis de mesa tanto uma forma de tratamento como uma motivação para ir frente.
“O tênis de mesa é como um remédio para mim. Estou me mexendo todo dia. Se eu ficar parada, o problema se agrava. Sei que uma hora o meu corpo não vai aguentar mais, mas vou até onde puder. E espero que ele aguente por muito tempo”, disse, sempre de sorriso aberto.
Atual sétima colocada do ranking mundial, Dani vem de grandes feitos nesta temporada. Em três etapas do Circuito Mundial, a mesatenista conquistou cinco medalhas. No individual, foram duas pratas (Eslovênia e Itália) e um bronze (Eslováquia). Por equipes, foi vice-campeã na Itália e na Eslovênia.
Em busca de feitos ainda maiores, Dani não tem dúvidas: cada esforço tem sido recompensado pelos seus resultados à mesa.
“Nunca imaginei que estaria em um evento tão grande como esse. Tudo aconteceu muito rápido para mim. Isso só faz com que a alegria seja maior ainda”, concluiu.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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