Por CBTM
Paulista adiou cirurgia na coluna pelo sonho de conquistar o segundo ouro individual na Classe 4
Daniel Leal, em Toronto (CAN) – 10/8/2015
Mais do que uma grande adversária, Joyce Oliveira teve de superar a dor para conquistar nesta segunda-feira (10) o bicampeonato individual da Classe 4 dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá. Há quatro meses, a paulista de 25 anos sofre por conta de um parafuso deslocado que está atingindo um nervo na região lombar. A cirurgia vinha sendo adiada por conta de um sonho que acaba de realizar: levar o título e garantir sua vaga nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Esta foi a quarta medalha de ouro da seleção brasileira em Toronto. No domingo (9), Danielle Rauen (9/10), Cátia Oliveira (1/2) e Iranildo Espíndola (4) já haviam subido ao topo do pódio.
Joyce chegou invicta à última rodada do grupo único, assim como a mexicana Martha Verdin. Na véspera, a dor preocupava a brasileira, que se preparou para a decisão: à noite, passou por uma sessão de fisioterapia que lhe deixou 100% para a final.
“Ontem, estava nervosa para jogar com ela porque estou com dor. A dor estava na minha cabeça, mas treinei e sabia que podia ganhar. A fisioterapia me ajudou muito. Tenho que agradecer à (fisioterapeuta) Andressa, que me ajudou durante todos esses dias e me fez chegar bem hoje”, disse a campeã.
Na mesa, Joyce não deu chances à adversária. Impôs seu jogo de velocidade e dominou a partida do início ao fim, vencendo por 3 sets a 0, parciais de 11/8, 11/3 e 11/8. A última rodada coroou uma campanha impecável da brasileira, que já havia superado a norte-americana Jennifer Johnson e as venezuelanas Yoleidy Andrade e Maria Molero, todas por 3 a 0.
“O jogo dela não encaixou no meu. Fui muito rápida, ela não conseguir acompanhar a bola. Quando terminou o jogo, a primeira coisa que pensei foi que merecia essa vitória. Depois de tudo o que passei nesses quatro meses, essa medalha tinha de ser minha”, afirmou.
Disposta a buscar o segundo ouro individual no Parapan – já havia sido campeã em Guadalajara, no México, há quatro anos –, Joyce encarou a dor. Nem sempre, no entanto, resistiu. Ela chegou a viajar para a disputa dos Abertos da Eslovênia e da Eslováquia, em maio, mas não teve condições de ir à mesa.
“Há quatro meses estou me tratando. Cheguei a viajar, mas não consegui jogar por causa da dor. Treinei um mês para vir para cá e deu certo. Lidei dia a dia com a dor, trabalhando o psicológico, porque queria estar aqui. Não tinha como não treinar para vir”, disse.
Sua prioridade no retorno ao Brasil será a cirurgia, para que possa iniciar o quanto antes a preparação para os Jogos Rio 2016.
“Quero fazer a cirurgia para em dois meses já voltar a treinar e poder mostrar o meu melhor em 2016. É para isso que estou treinando”, projetou.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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