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Parapan 2015: Seleção leva 24 medalhas e supera Guadalajara já nas disputas individuais

Por CBTM

10/08/2015 21h31


Mesatenistas brasileiros conquistam dez ouros, oito pratas e seis bronzes

Daniel Leal, em Toronto (CAN) – 10/8/2015

A seleção brasileira de tênis de mesa fez história nesta segunda-feira (10) ao, apenas nas disputas individuais dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá, superar o número de medalhas alcançadas em toda a edição de Guadalajara, no México. Ao todo, 24 atletas subiram ao pódio, sendo dez ouros, oito pratas e seis bronzes. Há quatro anos, o número total foi de 21. De quebra, os campeões garantiram vaga nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Somente nesta segunda, foram 15 medalhas conquistadas (confira abaixo a relação completa). Na véspera, outras nove haviam sido asseguradas: ouros para Cátia Oliveira (Classe 1/2), Danielle Rauen (Classe 9/10) e Iranildo Espíndola (2), prata para Jennyfer Parinos, na dobradinha da 9/10, e bronzes para Bruno Braga (1), Alexandre Ank (4), Carlo di Franco (6) e Diego Moreira e Erick Higa (ambos na 9).

“Conseguimos resultados melhores mesmo com o nível da competição tendo subido sensivelmente. Isso é fruto do trabalho e do planejamento que todos estamos fazendo. Todos os atletas jogaram bem, tivemos várias pratas. Esse é o caminho”, afirmou o coordenador de seleções paralímpicas e técnico da equipe cadeirante, José Ricardo Rizzone.

Para Paulo Camargo, treinador dos andantes, a seleção demonstrou ainda capacidade de lidar com a pressão do favoritismo.

“É algo bem forte. Confirmar esse favoritismo às vezes é mais difícil do que buscar novos patamares em eventos maiores. Viemos com grandes responsabilidades e estamos muito satisfeitos até aqui, mas ainda não acabou”, disse.

A partir de terça-feira (11), a seleção já voltará suas atenções para as disputas por equipes, em que estará representada em todas as sete classes: 1/2, 3/4, 5, 6/8 e 9/10, no masculino, e 1/3 e 4/5, no feminino.

“Vamos festejar um pouco agora, mas só por algumas horas, pois já precisamos focar nas disputas por equipes. Nossa meta é ousada: buscar pelo menos quatro ouros”, projetou Rizzone.

Segunda dourada

O primeiro ouro desta segunda foi de Joyce Oliveira, na Classe 4 feminina. A paulista de 25 anos chegou invicta à última rodada do grupo único, sem perder sequer um set, assim como a rival mexicana Martha Verdin. No último jogo, a brasileira impôs seu jogo de velocidade e dominou a partida do início ao fim, vencendo Verdin por 3 sets a 0, parciais de 11/8, 11/3 e 11/8.

“O jogo dela não encaixou no meu. Fui muito rápida, ela não conseguir acompanhar a bola. Quando terminou o jogo, a primeira coisa que pensei foi que merecia essa vitória. Depois de tudo o que passei nesses quatro meses, essa medalha tinha de ser minha”, afirmou, lembrando a cirurgia que adiou por quatro meses para o ajuste de um parafuso que vem lhe provocando fortes dores na coluna.

Na sequência, foi a vez de Claudiomiro Segatto conquistar o tricampeonato da Classe 5. Medalhista de ouro em Guadalajara e no Rio de Janeiro (2007), o paranaense derrotou o argentino Mauro Depergola na decisão por 3 a 0 (11/7, 11/6 e 11/4) e repetiu os feitos do Rio (2007) e de Guadalajara.

“Eu entrei com uma estratégia pronta, porque ele é um atacante nato. Então, o meu objetivo era neutralizar o ataque dele, o que deu certo. Puxei o jogo para baixo, não deixei ele abrir e nos momentos em que ele conseguiu abrir, eu contra-ataquei”, analisou.

Em uma das três finais do dia entre brasileiros, Carlos Carbinatti superou Claudio Massad por 3 a 0 (11/4, 11/7 e 14/12), chegando ao bicampeonato da Classe 10. Para o campeão, a defesa do título foi mais emocionante do que o primeiro ouro.

“Em Guadalajara, era tudo novo, não tinha pressão, cada um treinava na sua cidade. Mas depois da criação do centro de treinamento da seleção permanente (em Piracicaba), veio a cobrança, e tudo isso acumulado me faz valorizar mais esse título”, afirmou.

Após ficar com a prata no México, há quatro anos, Paulo Salmin foi o campeão individual na Classe 7, superando o compatriota Israel Stroh em uma decisão marcada pelo equilíbrio: 3 a 2, parciais de 6/11, 13/11, 8/11, 11/5 e 11/5.  Os dois formam uma forte equipe para a sequência da competição e também para os Jogos Paralímpicos Rio 2016.

“Essa medalha veio coroar principalmente o trabalho. Esses torneios na Europa serviram de preparação para isso que aconteceu hoje aqui. Conseguimos fazer a dobradinha e um jogo duríssimo na final, decidido no detalhe, mostrando que o Brasil está trabalhando”, declarou Salmin.

Após fazer história e vencer na semifinal o argentino Gabriel Copola, quinto melhor do mundo e então campeão parapan-americano, David Freitas, 22º na lista, chegou embalado à decisão e levou o ouro. Na final, vitória por 3 a 0 sobre o paranaense Welder Knaf (11/6, 11/8 e 11/7), vencedor da primeira medalha paralímpica brasileiro da modalidade – prata por equipes em 2008, ao lado de Luiz da Silva – e sétimo melhor do mundo.

O cearense de 37 anos, que atualmente é funcionário do Departamento de Trânsito do Estado do Ceará, exaltou tudo que fez para se manter no esporte de alto nível, após a medalha de ouro, valorizando demais a conquista no Canadá.

“Fazia um tempo que eu não tinha esse privilégio de ouvir o hino nacional. Foi muito gratificante, quando eu vejo a minha história no tênis de mesa, quando eu vejo meus objetivos... Eu faço uma reflexão do que eu era antes desse Parapan e o que eu vou ser depois, a perspectiva é muito boa, estou muito feliz. Me sinto privilegiado, horado com tamanha vitória. É inexplicável o que eu estou sentindo agora”, refletiu.

Já estreante Luiz Felipe Manara conquistou a medalha de ouro no torneio individual da Classe 8 ao vencer Chui Lim Ming, dos Estados Unidos, por 3 a 1 – parciais de 11/4, 8/11, 11/9 e 11/6. Na decisão, o jovem de 23 anos perdeu seu primeiro set na competição, após três vitórias por 3 a 0, na fase de grupos e na semifinal.

“Foi muito emocionante porque a partida foi muito complicada, mais até do que a parte técnica, a parte emocional estava tomando conta de mim. Mas o técnico Paulo Camargo me trouxe para o jogo. Eu que entro na mesa, mas naquele momento ele foi fundamental para  a minha vitória”, revelou Manara, que festejou o ponto final com o treinador.

Neste domingo, a seleção levou ainda outras quatro pratas, com Ronaldo Souza (Classe 2), Eziquiel Babes (4), Thais Severo (4) e Maria Luiza Passos (5), e um bronze, de Guilherme Costa (2).

Seleção brasileira em Toronto

A seleção brasileira conta com 28 atletas em Toronto. Destes, 15 treinam diariamente com as equipes permanentes: Cátia Oliveira (Classe 2), Joyce Oliveira (4), Jennyfer Parinos (9) e Danielle Rauen (9), no feminino, e Aloisio Lima (1), Bruno Braga (1), Guilherme Costa (2), Ronaldo Souza (2), Iranildo Espíndola (2), Claudiomiro Segatto (5), Israel Stroh (7), Paulo Salmin (7), Luiz Manara (8), Diego Moreira (9) e Carlos Carbinatti (10), no masculino.

A eles, se juntaram outros 13 convocados por seletiva ou indicação técnica: Thais Severo (3), Maria Luiza Passos (5), David Freitas (3), Welder Knaf (3), Jorcerley Moreira (3), Alexandre Ank (4), Eziquiel Babes (4), Ivanildo Freitas (4), Carlo di Franco (6), Luiz Medina, o Kaíque (6), Erick Higa (9), Claudio Massad (10) e Lucas Maciel (11).

A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.

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