Por CBTM
Campeão da Classe 8 comoveu a torcida com reação após título. ‘Esse ouro foi muito graças ao Paulo’, afirmou
Daniel Leal, em Toronto (CAN) – 10/8/2015
Em meio a um dia de grandes emoções para o tênis de mesa brasileiro, no encerramento das disputas individuais dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá, Luiz Filipe Manara protagonizou uma das cenas mais marcantes. Ao conquistar nesta segunda-feira (10) o título da Classe 8 masculina, gritou, largou sua raquete, correu em direção ao técnico Paulo Camargo, saltou o separador e o abraçou como um filho faz com o pai. A reação não veio à toa: tanto na final quanto no dia a dia, o treinador teve um papel determinante no sucesso do paulista de 23 anos.
“Foi muito emocionante, porque a partida foi bem complicada. Acho que, mais do que a parte técnica, o emocional não estava muito bem. Me sentia um pouco fora de mim. Não conseguia executar o que eu queria. No decorrer do jogo, o Paulão foi me trazendo para o jogo. Ganhei o jogo na mesa, mas ele foi fundamental para aquela vitória. Agradeço muito a ele”, disse o campeão, já com a medalha no peito.
Após chegar à final invicto, sem perder sequer um set, Manara teve pela frente o norte-americano Chui Lim Ming. Em um duelo marcado pelo equilíbrio, os detalhes fizeram a diferença para o brasileiro, que, estreante em Parapan-Americanos, venceu por 3 sets a 1 (11/4, 8/11, 11/9 e 11/6).
“Esse ouro foi muito graças ao Paulo. Quando acabou o jogo, a primeira pessoa que eu vi foi ele. Se tinha alguém que merecia um abraço naquela hora era ele”, afirmou Manara, lembrando ainda um importante apoio que teve ao longo da competição.
“Meus pais e meu irmão estão aqui também, mas infelizmente não teria como invadir a arquibancada (risos). Nunca senti tanta felicidade na minha vida”, emendou.
Manara é um dos sete atletas da seleção andante permanente que está em Toronto. A equipe vive e treina em Piracicaba (SP), onde, nos últimos dois anos, encarou uma dura rotina em busca do grande objetivo do atual ciclo: os Jogos Paralímpicos Rio 2016.
“Acredito muito no merecimento. Acho que pode até existir quem mereça tanto, mas não mais do que a gente. A comissão técnica e os atletas estão muito voltados para 2016. E esse aqui era o principal passo. Todos são merecedores dessa medalha. Cada pedaço desse ouro tem dono”, afirmou o mesatenista, que, ao levar o título em Toronto, garantiu sua vaga no ano que vem.
Apesar de estar focado nas disputas por equipes do Parapan, que terão início nesta terça (11), Manara já tem a receita para chegar ainda melhor aos Jogos Paralímpicos.
“Três palavras resumem o que terei pela frente: treinar, treinar e treinar. Se nos esforçamos muito para estarmos aqui, faremos ainda mais para o Rio 2016. Senti muito a alegria da torcida candense e ano que vem será na nossa casa. Vamos buscar fazer história lá”, prometeu.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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